na rua, na chuva ou na fazenda

quarta-feira, setembro 15, 2021

o tempora, o mores!


laços que unem - e separam - norteamericanos e brasileiros neste século 21: cada um tem, ou teve, o presidente e o setembro que merecem. lá em cima, tiveram o trump; cá embaixo, temos o que temos; lá, eles tiveram o seu 11 há 20 anos; cá, pintamos o 7. pro bem ou pro mal, algo em comum.

brasilha tem vivido dias quase silenciosos se comparados aos arrotos vulcânicos que prenunciavam uma erupção no dia da pátria (prefiro mátria). houve sim, um certo abalo sísmico mas de tal intensidade que não chegou a sacudir os alicerces da barraca de praia que frequentei há séculos lá no diogo. fluxos piroclásticos então, nem pensar! o que houve em sequência, foi uma grita quase ensurdecedora e depois, um silêncio retumbante..

passados os rompantes e a gritaria, sobrou o silêncio. este sim, perigoso. posto que vindo de onde e de quem vem, dele tudo se pode esperar. até mesmo desculpas esfarrapadas como as que disfarçadamente foram publicizadas sob a forma de uma mensagem à nação construída sabe-se lá a quantas mãos mas com as digitais de michel temer.

se o atual inquilino do palácio do planalto voltou atrás em sua paixão ditatorial, não se sabe, mas a semente que ele vinha plantando foi regada. ele pode ter silenciado temporariamente o movimento das suas tripas autoritárias mas o movimento peristáltico dentro delas continua e cresce. a diarreia ainda pode advir.

legislando em causa própria e famiglia: o chefe lá do planalto, baixou uma medida que institucionalizaria a mentira nas "redes sociais" como verdade absoluta. não deu certo. justificou-se: "quem nunca contou uma mentirinha que seja?" 

no congresso, os inquisidores acabam sendo inquiridos e, em algumas ocasiões, chacoteados por decisões judiciais que beneficiam tão somente aqueles que, aproveitando-se do momento, pretendiam


apenas enriquecer mais um pouquinho nas tetas da vaca profana da república ainda que às custas da morte de milhares de inocentes e outros nem tanto. tornou-se regra "invoco o meu direito de ficar em silêncio!"

enquanto isso, sanpaulo, o maior dos maiores estados brasileiros, publicitariamente comandado por um propagandista, briga com brasilha com olhos em eleições (auditadas?) vindouras. já em brasilha, o ministro da saúde, diz que o brasil já tem vacinas demais (e mortos de menos?).

cícero (o romano, não o brasileiro) estava certo: o tempore, o mores! e a nação, amarrotada vai adiante. vida que segue!

2 comentários:

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