na rua, na chuva ou na fazenda

quarta-feira, outubro 17, 2007

Jurei não amar ninguém... viva ataulfo alves!

jurei, há algum blog atrás, que não mais mencionaria o santo nome do renan aqui. ainda disse que “me caíssem os dedos se teclasse o benedito (valei-me, bento dezesseis!) nome aqui neste bico rapininiano e carniceiro. menti. do mesmo jeito que ele o fez. cometi perjúrio do mesmo jeito que ele o faz (notem que estou evitando o nada santo nome). brasileiramente, segurei a onda até agora. não dá mais. tenho de falar – teclar – o tal para poder esvaziar a cloaca da minha mente: renan saiu. saiu, não. licenciou-se. mas isto é quase como sair. é um sair meio de fininho, assim sem graça. nada pomposo como uma cassação. mas é um sair. e esse sair dele me entristeceu. à vera, como se diz baianamente. porque saiu? saiu porque? (perdoem-me moraes moreira e os hippies remanescentes de arembepe). fiquei triste porque ele não nos deixou mostrar até que ponto pode ir a nossa indignação e a sua indignidade. fui às lágrimas porque, ao contrário do cordeiro de deus, ele não se deixou ser jogado à turba ignara. só que o filho do cara lá de cima, pelo menos até onde eu sei e me ensinaram a vida inteira desde que eu comecei a pensar, era inocente (salvo aquela historinha com dona maria madalena e que os preceptores nos impedem até hoje de saber a sordidez divina dos detalhes – deve ter sido o bitcho!) puro e, até certo ponto, besta. vou lá eu, do alto dos meus cinqüenta e lá vai bala de anos de vida, me deixar ser pego por um beijo na cara! Inda mais dado por um barbado! renan, nos sacaneou ao se licensair. tudo bem, é apenas uma retirada estratégica, momentânea, para preparar a volta triunfal e, quem sabe virar herói do senado – já que a grande maioria, de acordo com o evangelho segundo calheiros, tem seus pecadilhos que não assim tão “ilhos” e estão mais para “ões” – e de nós todos que, como eu, invejamos sobremaneira, a maneira canalha, escrotíssima – para chegar ao nível dele – calhorda de encarar o que não se pode encarar quando se é honesto e, (hoje estou cheio de “e”s) afrontar a patriamadaidolatradéstubrasil com uma cara de pau que não dá pra nenhum lustra móveis segurar. mas ele tá garantido de voltar e isto me faz feliz. garantido por luládasilva, que, do meio de sua trocentésima viagem internacional, já lançou d’áfrica, a sua predileção pelo mal feito: além de garantir não ler a playboy que traz a mônica lewinsky de renan – ele não lê, talvez por não saber, mas, garanto eu: ele vê as fotos e morre de inveja renaniana do renan – garante também “o cargo é dele!”. e eu, por inveja ou maledicência concordo com lulalá (que é bem melhor que cá) e fico superfeliz: volta renan. volta, que eu quero te ver sair!