na rua, na chuva ou na fazenda

quarta-feira, novembro 07, 2012

ivete, brown, o buzú e eu: fiquei velho mas, besta ainda não!

tem um amigo meu dono de um hábito bem peculiar: toda vez que alguém entra numas de enganá-lo, na lata, ele solta "possa ser que eu estou ficando velho, mas besta, não!". depois de andar 'folheando' páginas e mais páginas de sites - todos eles de "notícias" - que estamparam a mais recente destrambelhação de miss madonna tropicaliente já chegada pra balzaca sem deixar de ser bela, ivete sangalo, afirmando que adora pegar um  buzão e sentar bem lá no fundo ao lado do pimpolho e do marido pra curtir paisagem e viagem, não deu pra segurar e incorporei esse meu amigo: ô dona ivete, menas! posso até já ser velho, ter ficado um pouco besta por conta dos netos, mas maluco ainda não!

ela e os redatores dos tais sites e blogs e assinantes do fáicebúk associados a uma moça que se afirma - deve e pode até ser - repórter, assinaram embaixo da embromação. vai ver que, seguindo instruções de luiz ignatius primo, único e impávido colosso, resolveram desviar a atenção de todos nós para a lavagem de roupa suja da época em que o melhor mote desta republiqueta em que vivemos era "nunca na história desse país..." (e olhe que nem foi inventado pelo dudamendonça adorador de galos de briga em mata de são joão e pojuca. foi pelo patinhas, agora conhecido pelo nome mais social de joão santana, irmão da balila). vai ver que, orientados por josé dirceu, primo minister, altius et fortius et omni potentius, decidiram-se a mostrar como se faz um jornalismo coerente, com fatos marcantes sem cair no lugar comum de procurar chifres em testa de cavalo (devem ter se esquecido dos lendários unicórnios - há quem jure de pés juntos que eles existem!).

vamos adiante. ela, dona ivete, de quem não sou fã mas reconheço-lhe o talento e o histrionismo, já me é uma velha conhecida (o 'velha' aqui não se aplica a ela, mas ao fato de que a conheço de um bom tempo atrás) dos corredores dos studios wr tanto na graça quanto na garibaldi. como não era a ivete maiúscula de hoje, cheguei a privar de uns bons papos com ela e outras tantas starlets (mas nem tanto) hoje chamadas musas e sei-lá-mais-o-quê da música baiana. mas, venhamos e convenhamos: tirando o fato de que a ivete - sozinha pelo menos - anda mesmo de buzão nas ruas esburacadas de salvador, anda sim. estampada na traseira (eeeeepa!) dos ditos cujos buzús em anúncios de toda verve e pra toda mercadoria. daí o fato dela se localizar perfeitamente e não mente quando diz que prefere sentar no fundinho do ônibus. mas anda também nas laterais das indigitadas marinetes a singrar os mares de buracos. daí poder curtir a paisagem, os cheiros e sons da nossa cidade que, morrente, pede socorro. será que o neto de seu antonio vai resolver ou vai dar a extrema unção?

no mais, ivetona pode ter dito um negócio desses movida a... bem deixa pra lá. pode ter sido um chazinho de camomila estragado, um remédio pro fígado quando o problema era no pâncreas, sei lá! qualquer coisa pode ter disparado o gatilho. mas, fazer o quê? brown até já pisou o tapete vermelho de róliúd! e olhe que em matéria de presepada, como diria o mais leve dos compositores baianos, o dito da extinta dupla tom e dito e cantada por antonio carlos e jocafi, brown dá de dez! se bem que - agora é que me caiu a bendita ficha! - com a grana que amealhou dos tempos magros da wr pra cá, ivete bem que pode sim, andar de buzu, sentadinha lá no fundo com o maridão e o pimpolho a ver a vida e a miséria passar em salvador: basta comprar um. depois do passeio, bom, depois do passeio... o ônibus é dela, ela faz dele o que bem quiser e entender. pode até jogar no meu quintal!