na rua, na chuva ou na fazenda

terça-feira, julho 31, 2007

carpe diem. cansei. viva lula! viva o pam, renan!

não sou roberto carlos pra ficar cheio de melosidades, mas sinceramente, cansei. cansei do pan, cansei do renan, cansei dos berros do pessoal da grobo cada vez que um “atreta” brasileiro pegava aquele negocin quadradin e pendurava no pescoço pespegando-lhes beijos lambidos e mordidinhas (ih! inauguraram o mais novo fetichismo no pan-sexualismo brasileiro: a lambida da medalha ou a mordiscadinha pré-orgásmica da trepada no pódio!). cansei do oscar ximíte com aquela falta de educação portenha exibida por nossos hermanos que, por não poderem enfiar as medalhas num ‘segundo lugar’ tiravam-nas dos pescoços - argentinos quase sempre - e as punham sabe lá deus onde (nos bolsos?), ficou a vaiar feito neymatogrosso secomolhado desvairado quaisquer erros – menores que eles fossem – dos adversários. onde será que ele enfiou o seu espírito olímpico?
pois é, cansei, panamericanamente, do pan, da maquiagem a que nos dispusemos a usar na cara, no caráter e na honra. cansei da canseira de waldir pires que, cansado, foi demitido do ministério da defesa do cansaço brasilhano ou brasilhense; cansei do cansaço dum tal de lula, ora presidente do brasil – imenso território ao sul dos estadozunidosdamérica – que se fingiu de doente pra não ser visitado nem visitar os parentes nem os mortos nem os sobreviventes nem os aderentes nem os inocentes nem os culpados dos vôos da tam ou, anteriormente, da gol. aliás, gols foram as únicas coisas que não faltaram saídas das pernas das meninas (?!) da seleção que não era de dunga mas se vestiram de verdeamarelo e mostraram a marmanjos pagos a euros como é que se joga bola até pelo prazer de jogar (lá vem sexo no meio de uma questão séria!)
e pra me cansar mais ainda, cansei de marcauréliogarcia coroado assessorministro do cansadíssimo (uuuuuuufa!) lula paragesticular os mutantes e o fradim pasquiniano de henfil no seu famigerado “vá se f*” pra ditadura de outrora que... futaqueofariu! acabei de surtar! no meio desse cansaço todo bateu saudade (valei-me, sãbernardo!) do tempo da ditadura estrelada que, a qualquer espirro de greve, desenssarilhava (é com um “s” só?) os sabres, sacava dos “fáos”, puxava dos quepes sobre os olhos e dos cassetetes da cintura e berrava: “vai trabalhar, vagabundo” (santo chicobuarquedhollandajulinhodadelaide!) e botava tudo nos eixos (e tome-lhe sexo!), dentro dos conformes. mas lula “novededos” quer distância disto. primeiro, por que, por ter nove dedos teve de se aposentar e não pode trabalhar – trabaiá é muito bom, num é minha veia, mas é um tanto arriscoso... – segundo, lula, tirando sua simpatia por evo morales e hugo chávez e fidel (dobre a língua no “l”) castro é antiditatorial. estamos mal parados. e cansados.
mas uma coisa me deixa contente: nesse país “grobalizado” voltamos à programação normal. O rídejanêro continua lindo com seu cristo redentor maravilha do mundo muderno! as favelas (não os favelados) voltaram a trocar tiros com a puliça do rí que ganhou a companhia da força nacioná. os mortos de sempre voltaram a morrer como sempre. os cubanos, pra desespero de lula e outros tantos que falam algum espanhol ou castelhano ou portunhol só não ficaram todos no brasí porque não deu tempo ou faltou avião ou fidel não deu uma de marido traído e descobriu a traição antes dela totalmente consumada (e tome-lhe sexo!) e mandou buscar o grosso (ai, meu jesus!) de volta antes de... deixa pra lá!
mais contente ainda: como se fosse restituição de imposto de renda, renan calhorda (oooooops! calheiros, gente!) está entregando o segundo lote dos seus documentos (ah! meu deus! hoje só penso em sexo!) pros investigadores (kkkkkkkkkkkkkk) esta semana. de tanto ouro que o brasil ganhou pra sair das vacas magras olímpicas ou não, vai ver que ele acaba inocente como meu neto que nasceu há 15 dias. mas eu ando meio calheiro (quero dizer, canalha) e torço pra que ele enfie o pé na jaca e se top! top! top! (thanks, mr. marcoaurélio) e leve alguns tantos junto.
finalizando: cansei do cansei! esse movimento parasita criado por um filhote de publicitário espertinho que, no fundo, no fundo, só quer saber de uma coisa: faturar às custas do defunto alheio confirmando aquele provérbio que diz que pimenta no badí* dos outros é puro refresco ou veuvet clicquot.
cansei de mim sem você. mas isto são outras coisas
*consulte alguém letrado em iorubá, se você for estrangeiro.

quinta-feira, julho 26, 2007

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segunda-feira, julho 23, 2007

esse tal de rafael

preciso conhecer esse tal de rafael. o sujeito é reacionário desde a mais tenra idade, nasceu no último sábado e já nasceu assim. vai virar meu ídolo. quando soube que acm estava de ingresso comprado pra goiás, já começou a dar sinais de que, se não queria ver a morte do velho cacique, pelo menos queria ver a aurora do novo dia no planeta bahia. cara esperto! e ponderado. decidiu não ver os estertores do velho nem a grita da turba insana que torcia por um retrocesso no processo – lá vou eu poetando – e resolveu nascer quase 25 horas depois do cara ter embarcado. mais esperto que isto nem lula! não pegou a rebordosa da passagem – transição, digamos – do cabeça branca pro outro lado de forma que sua alma, também em transição pro lado de cá, não fosse contaminada. definitivamente, é meu ídolo! Seja bem vindo, companheiro (ooops!) mas, fique certo de que nada mudou. por certo mudará, e isto só você e, provavelmente seus pais, verão.

renan, pam, tam...vade retro!

em respeito aos mortos da irresponsabilidade sei lá de quem (pode até ser da tam, da pista molhada, do apagão de waldir pires, do “não vi, não sei" do lula) jurei, de pés juntos, que não faria, jamais essa comparação mesquinha, que não traçaria, nunca, um paralelo entre o desastre e a comédia senatorial que ora se desenrola nos palcos de brasilha. mas, diante de tanta inverossimilhança e, ao mesmo tempo, tantos sinais celestiais, fui obrigado a quebrar minha promessa. que os mortos me perdoem e não se revolvam nas tumbas nem busquem minha alma perdida nas noites em que consigo dormir e ela se eleva (ou se afunda, já que não sei ainda o peso dos meus pecados) solta do meu eu feito de carne e ossos – no caso mais ossos do que carnes -.
esse renan canalhas (ooops!), digo, calheiros, é mesmo um cara de sorte. mas sorte maiúscula. vejamos: quando o bicho começou a pegar pra valer no palco senatorial com alguns ditos dignos indignados senadores com os contos da carochinha pespegados por renan calhorda (duplo ooops!) quero dizer, calheiros, em sua defesa... pampampam! começou o pan! e aí, olhos, ouvidos e holofotes brasileiros se desviaram do tablado senatorial de brasilha e se picaram pra cidademaravilhosa onde um cristo redentor cego, surdo, mudo e horroroso não se apequena pra redimir ninguém e se orgulha de ser uma das mais novas sete maravilhas deste mundo de meu deus. renan metralha (triplo ooops!) digo, calheiros, levantou o ouro olímpico antes de qualquer vaia ao presidente lula. ponto pra renan! Aí, perde o pan e o brasil, zil zil do galvão bueno: em meio às alegrias douradas, bronzeadas ou argentinas (aaargh!) um avião da tam mergulha nas águas da pista principal de congonhas tenta arremeter e se arremete contra um prédio da própria tam matando gente a rodo e entristecendo várias dezenas de famílias e suas periferias. ponto pra renan carrascos (epa!) calheiros, gente, calheiros!
o brasil se debulha em lágrimas e protestos vociferantes contra a falta de segurança aérea e terrena dos nossos (norte-americanos) aviões e coisa e tal, waldir pires cala-se naquela sua tranqüilidade e paz bovinas, lula decide arregaçar as mangas e fazer de conta que quem manda é ele mesmo e renan aplaude. será que pede bis? Deve ter pedido, porque, mesmo não sendo um evento de dimensões tais que mesmerize toda a nação como o foi o acidente do boeing lá de sampa, e ainda em sampa, depois de 37 dias de agonia, antonio carlos magalhães, também conhecido por acm, cabeça branca e toninho malvadeza, entrega a alma ao criador entregando a terra mater brasilis à mais profunda comoção. comoção mesmo. dividida em dois grupos de comovidos: o primeiro, enooooooorme!, daqueles que o amavam à beira da idolatria (e aí incluem-se os puxa-sacos inveterados, os punguistas da sua generosidade e os parasitas que todo ser vivo carrega) o outro, quem sabe tão grande quanto o primeiro (e aí eu é que não me atrevo a comparar pois o cara, mesmo defunto pode ainda ser vingativo) daqueles que o odiavam desde o berço. os dois grupos choraram e ainda choram o líder defuntado. o primeiro, de genuína dor; o segundo, das gargalhadas calheiros (vixe!) digo, canalhas, pois não se deve rir a morte de ninguém. no entanto, lágrimas foram derramadas, dos dois lados. se por motivos diversos, não interessa. afinal, cada um pranteia por onde sente saudade. ponto pra renan (que esteve presente ao velório e ao enterro).
enfim, esse renan é de morte! (cruz credo!) apelou pra tudo como forma de se livrar de uma punição: ganhou a final contra a argentina – tem até quem pense que foi o dunga – pela copamérica; estreou no pan ganhando vaias pra lula – que não conseguiu sequer abrir a boca; detonou um avião com quase duzentos a bordo e façanha das façanhas: fez acm exalar o último suspiro – coisa que nem todos os bozós encomendados por seus inimigos na bahia conseguiram. abençoado por deus ou protegido do diabo? esse renan é mesmo um perigo. se vacilar, ele tasca uma tsunami no lago paranoá e aí, adeus brasilha! vade retro!

terça-feira, julho 17, 2007

marta está certa, renan: relaxe e goze!

(mas não vá ao japão. lá podem te obrigar a um haraquiri sem graça nenhuma)
depois de uma longa e tenebrosa pausa nas postagens deste blog infame que eu me vanglorio de escrever(!?), aliás, diga-se que a pausa foi “longa” para mim, mas um alívio para quem se aventura por estas bem traçadas – pelo computador – linhas, aqui estou!
justifico a ausência, se é que alguém lá quer saber de justificativas: é que escândalos lá em brasilha (uma ilha sulamericana cercada de corruptos e corruptores de todos os tamanhos e cacifes e com um paranoá – o que será isto? – no meio) não valem mais como assunto, de tão banais que se tornaram. mensalões, semanões etc, etc, etc e etc não comovem os brasileiros às lágrimas. não mexem mais com os brios dos filhos teus ó mãe gentilpátriamadabrasil! já são algo assim como o feijãozinhocomtorresmo diário.
vamos então, ao motivo da bendita postagem: descobri que muriçocas (pernilongos, se assim os preferirem) são seres impermeáveis e resistem a bombardeios de gotas d’água mesmo aqueles desferidos com a violência da mão que se banha. e a descoberta foi bem assim ao estilo das grandes descobertas: por puro acaso! manhãzinha, adentrei ao cubículo que chamo de banheiro – no sentido de limpeza, banho mesmo – que, aqui pelas bandas de arembepe foi tomado de assalto por esses invasores alados, quase microscópicos, barulhentos ao extremo e com uma sede vampiresca de sangue e fui atacado pela força aérea deles com uma sanha infernal. rápido como um raio, abri a torneira ao máximo já com um sorriso diabólico na cara: vão se afogar! porra nenhuma! as bichinhas são agilíssimas e esquivavam-se com uma habilidade de top guns lá do norte. mudei a estratégia e, a cada bólido voador que se aproximava do meu corpo magrelo, armava-me com a mão cheia de água e despejava-a com vontade no (na) atacante. resultado: apesar da defesa e dos contra ataques ferozes, saí todo pinicado. Chuparam meu sangue, as miserentas (viva o vocabulário lulesco!).
aí, de novo por acaso, tracei uma analogia entre a impermeabilidade das muriçocas assassinas à de renan calheiros, um pernilongo graúdo lá de brasilha – uma ilha perdida e assediada por piratas nem de longe caribenhos – que resiste com uma impavidez colossal ao bombardeio cerrado que vem recebendo (“sofrendo” seria mais apropriado?) nos últimos tempos depois que se descobriu que ele é capaz de produzir o milagre das vacas, como jc produziu o milagre dos peixes. é que, como os pernilongos (vá lá, muriçocas!) daqui, ele também é impermeável. neste caso, à moral, à decência, à honradez, à vergonha, ao caráter e a outros atributos que fazem, mesmo do menor homem do mundo, um grande homem. como acontece com alguns super heróis de hq – que a gente antigamente chamava de gibis – ele adquiriu (por osmose, simbiose ou o por que meio?) todas as características da muriçoca (opa! muriçoca ou pernilongo?) e delas todas, aperfeiçoou a que mais nos deixa putos da vida, pensando em assassinato em massa e coisas piores como aniquilação da vida tal qual a conhecemos: a capacidade de sugar sangue tranquilamente, sem pruridos de consciência ou respeito por quem dorme o sono dos justos. no caso de calheiros, o sangue sai pelas veias abertas do senado direto para o estômago do pernilongo para alimentar a sua desfaçatez e envergonhar, cada vez mais profundamente, dois edifícios de brasilha – uma ilha cada vez mais isolada do mundo real – que deveriam servir de estrela-guia para os peregrinos deste deserto aqui de fora onde existem, e como existem! honestidade, respeito, vergonha e outros atributos que talvez renan nunca tenha ouvido falar.
mas como vivemos numa aldeia onde o chefe tem irmãos como vavá, ministra que garante que já que o estupro é certo devemos relaxar e gozar e o mesmo chefe que pede que se retire do ar a propaganda de um automóvel parafraseando a dita cuja doutora considerando que a tal peça publicitária melindra a parafreaseada sexóloga... renan está certo: relaxem e gozem. o pior pode ainda estar por vir.