na rua, na chuva ou na fazenda

segunda-feira, agosto 02, 2021

dom de iludir

 a pandemia infectou a política brasileira de uma forma tão ou mais completa do que a que vem fazendo com a população. enquanto na maioria dos países se busca desesperadamente um modo de conter o avanço (?) do vírus, por aqui o que se busca é o protagonismo arrevesado de "quem pode mais, quem manda mais". políticos de todos os naipes, de todas as matizes, de todos os tamanhos se engalfinham com discursos (e discussões) mirabolantes que bem caberiam em qualquer roteiro saído de uma viagem de lsd dos anos 70.

o presidente brasileiro arregimentou uma tropa de choque para combater na batalha louca de defender suas  ideias e teorias conspiratórias contra a forma de votação que o elegeu com o auxílio luxuoso de uma facada cenográfica e achou quem se dispusesse a tanto. senadores, deputados, médicos, intelectuais e pés rapados compraram a ideia e o resultado são embates que mais nos empobrecem e mais nos deixam à beira de um desastre maior.

jairzinho bem amado, perdigoto e mentiroso contumaz está mais feliz que pinto em bosta: apesar de toda a rejeição, vê crescer a matilha que o segue encegueirada e isso lhe dá forças para continuar fazendo a velha política que ele jura de pés juntos que não segue. tudo bem. mentir está no seu dna. o interessante é que nesse rebanho de seguidores pode-se, em uma olhada mais atenta, definir dois grupos distintos: um, composto pelos que (como sempre) vislumbram uma possibilidade de ganho (dinheiro ou poder ou os dois juntos) e o outro, formado pela malta desembestada que segue a qualquer um sem saber sequer o que ou a quem está seguindo.

é bem assim o brasil onde ministros e presidente e governadores e prefeitos e juízes e senadores e deputados e vereadores mentem descaradamente e o povo, como sempre, acredita. pra variar, mentindo pra si mesmo, 

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