na rua, na chuva ou na fazenda

sábado, abril 16, 2011

curtas e... nem tão grossas assim

subvertendo provérbios.
original: “debaixo desse angu tem carne!” – na relação do governo da Bahia e o mst deveria ser: debaixo dessa lona tem churrasco. por causa da doação de 600 quilos diários de carne a integrantes do mst que acamparam (para não dizer invadiram) a área da secretaria da agricultura do estado, o ministério público estadual deve instaurar um processo para investigar a utilização de dinheiro público para essa compra e também para a criação de infra-estrutura (banheiros químicos, lonas e otras cositas más) para os invasores permanecerem no local. autoridades governamentais estranharam a grita geral provocada pela atitude alegando que o mst é um movimento social e o governo tem obrigação de apoiá-lo. na última sexta-feira, os integrantes do movimento foram à assembléia legislativa para participar de uma sessão que lembrou o massacre de eldorado dos carajás, ocorrido há 15 anos, no pará. armados de facões que foram usados na devastação da mata que cerca a área da secretaria que ora ocupam, os militantes foram em peso. o convite partiu de um deputado. em tese, lá não se deveria entrar nem com um cortador de unhas.

original: “direito tem quem direito anda” - quem acreditava que o direito de ir e vir preconizado na constituição era sagrado, acaba de constatar que o sagrado já não é tão sagrado assim. como rosas em um imenso jardim, praças de pedágio florescem a cada manhã em nossas estradas. salvador, por exemplo, já está cercada deles. portanto, o seu direito de ir e vir, tem preço. e, às vezes, alto. pior: as estradas continuam esburacadas, com péssima sinalização, sem acostamento e sem duplicação. essas melhorias, que deveriam vir antes da cobrança, ficaram todas para depois. e existem alguns descalabros: o mais gritante deles é o da estrada do coco, onde moradores de camaçari para ir de uma lado a outro da vila praieira de jauá tem de coçar o bolso. portanto, direito tem quem direito paga!

de boa:
políticos de todas as matizes (localizadas na oposição) se abespinharam com uma declaração que sugeria que o povão já não deve ser mais o público alvo da categoria. a justificativa baseava-se na simples constatação de que, aquinhoados a torto e a direito por programas sociais do governo (bolsas isto e aquilo), o povaréu já não se entusiasma tanto com o discurso de mudanças proposto pela oposição. e tem razão. mudar pra que? é melhor jogar dominó à sombra de uma ingazeira nos sertões nordestinos e correr de bala perdida nas favelas cariocas tendo dinheiro em caixa no fim do mês do que ficar ouvindo conversa de cerca-lourenço de quem, volta e meia, enfia dindim pelas meias e outros cantos menos votados ou então se manda pra espanha ver uma partida de futebol.

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