na rua, na chuva ou na fazenda

terça-feira, novembro 10, 2020

“...este país precisa deixar de ser um país de maricas!” e la nave va!


hasteiem as flâmulas! rufem os tambores! ergam-se os estandartes e espoquem os fogos de artifícios para anunciar mais uma acachapante vitória do senhor do feudo brasiliano vassalo do landlord defenestrado e recalcitrante cujo poder se esvaziou ao longo dos últimos tenebrosos dias eleitorais.

de cabisbaixo e meditabundo - bicudo como criança que teve seu brinquedo preferido negado - o inquilino do palácio do planalto despertou eufórico com a suspensão dos testes da vacina contra a doença global que tem vitimado milhões mundo afora e, aqui nessas plagas abaixo da linha do equador tem levado seu quinhão diário.

"mais uma vitória!" brada, sem empatia alguma, o mandatário que afronta a si próprio ao afrontar milhões de compatriotas e desdenhar de todos os mortos dos quais ri à socapa. é a compensação que tanto esperava pela derrota que lhe impuseram ou que impuseram à sua submissão os seus amados compatriotas do hemisfério norte.

nós, daqui de baixo, também fomos e estamos sendo derrotados. a cada palavra cuspida pela cloaca presidencial. a cada palavra cuspida pelos menestréis que regem a sua orquestra genocida engendrada pela infantilidade da sua insanidade que grita a plenos pulmões em rede de tv: “este país precisa deixar de ser um país de maricas!”. e la nave va!

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