na rua, na chuva ou na fazenda

sexta-feira, julho 22, 2005

será que ele é?

o dia até que amanheceu bonito. chuvoso. e um mar encrespado lá pras bandas da república livre de itapuã. mas, apesar da chuva, os pássaros voavam encharcados e alguns outros até cantavam. no meu quintal, urôi, um akita vistoso, latia pro nada. era mesmo um dia itapuanzeiro. no rádio, os locutores falavam bobagens a respeito de malas voadoras (me surgiu na imaginação uma mala louis vuitton -é assim que se escreve?- saindo da esteira rolante de entrega da daslu e alçando vôo com asinhas magnificamente angelicais) estofadas de dinheiro - reais, não dólares - na tevê, os apresentadores falavam as mesmas bobagens com uma ênfase diferente e personagens novos. agora, pelo menos na telinha, não eram somente malas, mas também, cuecas. cuecas?! ora, ora! o grande barato da cueca não era esconder o pintinho da zorba? fiquei um tanto quanto embasbacado. estava mesmo sendo um grande dia! pelo menos, a cueca, não sei se "p" "pp" "g" ou "gg" carregava uma grana boa - em dólares! - e aí ficou a grande pergunta: o portador da cueca se desfez do acessório teóricamente masculinizante? ou o troço era tão mirrado que não deu nenhum problema? o fato é que com uma cueca dessas eu me sentiria muito mais feliz embora o meu mui prezado e caro cabo jorge fosse até se sentir incomodado pela redução da sua provável mobilidade.
voltemos ao dia. estava mesmo um dia bonito. parou de chover, a temperatura ligeiramente baixa, os pássaros já cantando com algum tesão enfim, um dia típico de inverno baiano. festivo até. e os caras do rádio, em meio às bravatas grandiloquentes de campeões de audiência (todos o são ou assim se dizem) continuavam bobagens. agora de um tal do mensalão. acabei descobrindo que se tratava de uma mesada razoável para deputados, senadores e outros membros mais votados da cópula - perdão, cúpula - governamental parlamentarem a favor de uns outros e aqueloutros. trinta paus! só? tudo bem que judas vendeu jc por trinta dinheiros e ele, jc, valia e vale muito mais que trinta brasis, trinta repúblicas ou trinta sejaláoquê. jc é jc! mas, aqui pra nós, coligado, vender a moral, a ética, a história que, querendo ou não, vamos construindo para este país por solamente trinta paus/mês e posar de paladinos delas é dose pra leão. tudo bem, de novo, que os trintinha sempre vinham acompanhados de umas semanadas de cenzinhos, quinhentinhos, land rovers e otras cositas mas, mesmo assim...
flash back pro dia que de melhorzinho que ia ficou bom demais da conta. dona edna roma, a comandante lá de casa, tentou até fazer uma vaca atolada, mas atolou-se baianamente nos temperos; aí o akita pintado de cinza e preto parou de latir e os caras da tevê continuaram a rodada de besteiras: falaram do dilúvio provocado pelas não-declarações (já existe isso, é?) de um tal delúbio (êita nome feio!) soares parceiro de um tal marco valério que, por sua vez andou mancomunado com um indigitado sílvio pereira que também tinha relacionamento com josé dirceu que (ô cirandinha maldita!) que infelizmente era "assim assim" com o presidente lula.
será que ele também é?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

manifeste-se a respeito