andava meio que de quarentena deste brogue - até porque comecei a me achar repetitivo - e tinha até antecipado uma resolução das famosas resoluções para o ano novo: não ia mais ocupar espaço nem tampouco o tempo de quem, por absoluta falta do que fazer, visita e se dá ao trabalho de ler minhas postagens. resolução que caiu. como cairão todas as outras tomadas para os anos que se aprochegarem e como cairam todas as que fiz para aqueles aos quais sobrevivi. então vamos lá.
acm neto venceu a pugna eleitoral e mesmo assim não conseguiu expurgar de pellegrino o seu sonho de consumo que é mandar em salvador. se nem o próprio pt o consegue, quem o conseguirá? bom, esta é uma das razões desta postagem. parece que eu parei no tempo. para ser mais exato, parece que eu estacionei a vida bem no auge da campanha eleitoral. ontem, pellegrino estampou-se nos sites, blogs, jornais e afins bem ao estilo "resultado negativo das urnas" proclamando que "neto descumpriu promessa de campanha" referindo-se à nomeação do secretariado do futuro alcaide.
ora bolas, pellegrino, vá torrar o saco de papai noel! deixa o cara! para de remoer rancores, amarguras e o resto! faça como joãozinho: recolha os cacos, reconstrua-se! vá encontrar a sua tatiana (por favor, não interprete o conselho ao pé da letra já que ao que me consta, na sua história, o seu casório vai de vento em popa!) e refaça a sua vida.
outro que vem me surpreendendo no mesmo rastro pellegriniano da amargura é meu amigo gilmar santiago por quem tenho, sinceramente, enorme admiração e respeito. não sei o que deu nele - whiskies com validade vencida? - para ficar repetindo o nelson que se pretende o lula baiano. lula fez a sua história e até agora venceu. o nelson está querendo se perpetuar ou entrar na história com derrotas. e o gilmar ainda faz coro? ô gilmar, pelo bem de você mesmo, meu velho, desista desse negócio de ser papagaio do nelson. você é maior do que esse mantra petista de quem não aceita reveses.
me lembro da deselegância nada discreta do pellê quando soube da derrota para o baixinho. carrancudo, com ares de pitonisa, decretou o fim do mundo para salvador - como os incas, maias ou quem mesmo? apregoam o fim do mundo para o mundo agendado para este 21 ou 22 de dezembro. pellê até lamentou a nossa falta de sorte com a assunção de neto: "quem perde é a população da cidade!" ué?! nós todos nos chamamos nelson? sei não, sei não.
bom, já que estamos no terceiro tempo da campanha eleitoral, vamos dar uma chance ao nelson de realizar o seu maior desejo, afinal, o fim do mundo pode chegar antes do natal!
na rua, na chuva ou na fazenda
domingo, dezembro 16, 2012
quarta-feira, novembro 07, 2012
ivete, brown, o buzú e eu: fiquei velho mas, besta ainda não!
tem um amigo meu dono de um hábito bem peculiar: toda vez que alguém entra numas de enganá-lo, na lata, ele solta "possa ser que eu estou ficando velho, mas besta, não!". depois de andar 'folheando' páginas e mais páginas de sites - todos eles de "notícias" - que estamparam a mais recente destrambelhação de miss madonna tropicaliente já chegada pra balzaca sem deixar de ser bela, ivete sangalo, afirmando que adora pegar um buzão e sentar bem lá no fundo ao lado do pimpolho e do marido pra curtir paisagem e viagem, não deu pra segurar e incorporei esse meu amigo: ô dona ivete, menas! posso até já ser velho, ter ficado um pouco besta por conta dos netos, mas maluco ainda não!
ela e os redatores dos tais sites e blogs e assinantes do fáicebúk associados a uma moça que se afirma - deve e pode até ser - repórter, assinaram embaixo da embromação. vai ver que, seguindo instruções de luiz ignatius primo, único e impávido colosso, resolveram desviar a atenção de todos nós para a lavagem de roupa suja da época em que o melhor mote desta republiqueta em que vivemos era "nunca na história desse país..." (e olhe que nem foi inventado pelo dudamendonça adorador de galos de briga em mata de são joão e pojuca. foi pelo patinhas, agora conhecido pelo nome mais social de joão santana, irmão da balila). vai ver que, orientados por josé dirceu, primo minister, altius et fortius et omni potentius, decidiram-se a mostrar como se faz um jornalismo coerente, com fatos marcantes sem cair no lugar comum de procurar chifres em testa de cavalo (devem ter se esquecido dos lendários unicórnios - há quem jure de pés juntos que eles existem!).
vamos adiante. ela, dona ivete, de quem não sou fã mas reconheço-lhe o talento e o histrionismo, já me é uma velha conhecida (o 'velha' aqui não se aplica a ela, mas ao fato de que a conheço de um bom tempo atrás) dos corredores dos studios wr tanto na graça quanto na garibaldi. como não era a ivete maiúscula de hoje, cheguei a privar de uns bons papos com ela e outras tantas starlets (mas nem tanto) hoje chamadas musas e sei-lá-mais-o-quê da música baiana. mas, venhamos e convenhamos: tirando o fato de que a ivete - sozinha pelo menos - anda mesmo de buzão nas ruas esburacadas de salvador, anda sim. estampada na traseira (eeeeepa!) dos ditos cujos buzús em anúncios de toda verve e pra toda mercadoria. daí o fato dela se localizar perfeitamente e não mente quando diz que prefere sentar no fundinho do ônibus. mas anda também nas laterais das indigitadas marinetes a singrar os mares de buracos. daí poder curtir a paisagem, os cheiros e sons da nossa cidade que, morrente, pede socorro. será que o neto de seu antonio vai resolver ou vai dar a extrema unção?
no mais, ivetona pode ter dito um negócio desses movida a... bem deixa pra lá. pode ter sido um chazinho de camomila estragado, um remédio pro fígado quando o problema era no pâncreas, sei lá! qualquer coisa pode ter disparado o gatilho. mas, fazer o quê? brown até já pisou o tapete vermelho de róliúd! e olhe que em matéria de presepada, como diria o mais leve dos compositores baianos, o dito da extinta dupla tom e dito e cantada por antonio carlos e jocafi, brown dá de dez! se bem que - agora é que me caiu a bendita ficha! - com a grana que amealhou dos tempos magros da wr pra cá, ivete bem que pode sim, andar de buzu, sentadinha lá no fundo com o maridão e o pimpolho a ver a vida e a miséria passar em salvador: basta comprar um. depois do passeio, bom, depois do passeio... o ônibus é dela, ela faz dele o que bem quiser e entender. pode até jogar no meu quintal!


no mais, ivetona pode ter dito um negócio desses movida a... bem deixa pra lá. pode ter sido um chazinho de camomila estragado, um remédio pro fígado quando o problema era no pâncreas, sei lá! qualquer coisa pode ter disparado o gatilho. mas, fazer o quê? brown até já pisou o tapete vermelho de róliúd! e olhe que em matéria de presepada, como diria o mais leve dos compositores baianos, o dito da extinta dupla tom e dito e cantada por antonio carlos e jocafi, brown dá de dez! se bem que - agora é que me caiu a bendita ficha! - com a grana que amealhou dos tempos magros da wr pra cá, ivete bem que pode sim, andar de buzu, sentadinha lá no fundo com o maridão e o pimpolho a ver a vida e a miséria passar em salvador: basta comprar um. depois do passeio, bom, depois do passeio... o ônibus é dela, ela faz dele o que bem quiser e entender. pode até jogar no meu quintal!
quarta-feira, outubro 10, 2012
recuerdos de itabuna

jogando pra baixo do tapete essas coisas existenciais, itabuna me foi boa, o trabalho me foi bom embora não satisfatório. a despeito de tudo, de todas as confusões, de todos os confusos. foram dias longos, nunca enfadonhos - as noites, estas, quase sempre sim, enfadonhas e ponteadas de picadas de muriçocas, pernilongos e pesadelos.
me valeram no entanto, samukas, ricardinhos, hélios bocões (que figura!), manuelas, silvias, nices - uma laís ranzinza por preguiçosa ao máximo - enfim, prazeres amigos suficientes para adocicar o amargor inesperado de uma derrota mais pra estupro do que coitus consensualis.
deveria, por gratidão, citar nominalmente todos aqueles de quem, sorrateiramente tentei roubar a amizade e que, marotamente fingiram dar-ma. talvez por me saberem um tanto quanto inocente da sua malandragem deram uma de fernando pessoa: fingiram tanto que até chegaram a acreditar. eu, cá do meu lado, espero que o espírito do bendito português de faces mil, aloje-se para sempre em cada um deles e que fiquem assim "ad semper". é a minha vingança.
sandra 'pessoa' de olhos verdes quase lágrimas; sandra 'solimões' simões, bitter/sweet entre a religião e a política, religiosamente orou per si e pouco pro nobis. mas foi valente. como será que reage à surpresa que nos pregaram (ou nos pregamos nós)? não sei. como não sei ainda se reajo bem. definitivamente, não.
hoje, pela primeira vez, desde o dia 4, visito os blogs de itabuna. parecem estar voltando a um estado menos... digamos, vendilhões do templo antes da expulsão. as análises estão mais claras, parecem menos lamaçais chafurdosos. as simpatias, mais escondidas. afinal, cessou o correr de $sangue na arena. claro que nem todos foram tão sedentos ou sequer o foram. afinal sempre hão de haver ovelhas negras, ainda que do bem. mas é bom.
bom também saber que o ungido nas urnas já vem também com a chancela que sempre refutou nos discursos pro eleitorado ouvir (e ouviu): a de que de puro e besta não tem nada. é a assunção marcada a ferro e a fogo na fria letra da lei. mancha que nenhum programa de rádio ou tevê ou photoshop ou imagemaker ou marketeiro irá apagar. bom? péssimo. itabuna, ainda que a tenha conhecido tão pouco, não merece. de forma nenhuma. mas é o jogo. dados viciados? crupiês mancomunados? joga quem pode.

e continua não dando pra desanimar: em itabuna, o mpe, numa recidiva dessa doença chamada joaquinite barbosite aguda, jogou duro e conseguiu o afastamento de todos os 13 (treze?!) vereadores locais. entre eles, o ungido e o sub ungido. déo gratias!
sábado, setembro 22, 2012
criador e criaturas 2
a bandeira lula empunhada por todos os candidatos petistas nesta campanha eleitoral provoca algumas situações surreais. em algumas cidades o partido do ex-presidente que não consegue se desvencilhar do cargo mesmo fora dele disputa consigo próprio. e esses pugnadores disputam a imagem e a voz do chefe como o mais fundamental dos direitos eleitorais (?!).
em ilhéus, no sul da bahia, um candidato, jabes ribeiro, por não ter sido beneficiário da honraria de ouvir a voz rouca do velho companheiro conclamando o povaréu a sufragar o voto em seu nome, tomou uma providência algo assim, digamos, extrema: contratou um imitador. nada mais justo. assim, os ilheenses também tem sua cota - eh, palavrinha cheia de entendimentos! - de lula falando do jabes. só que o lula de verdade (ele existe?!) não ri como o seu imitador baiano.
em brasilha, durante a sessão de fotos na linha de montagem petista de participações lulísticas nas campanhas brasil afora, a candidata itabunense juçara "com cê cedilha" feitosa mostrou seus maus bofes e tascou um "sai da frente" ao fotógrafo oficial, recebeu em troca um civilizado "senhora, eu estou trabalhando" e devolveu um ainda mais mal humorado "mesmo assim, sai da minha frente!".
de volta às terras grapiúnas e amargando índices de popularidade mais baixos que novelas mexicanas no canal do sílvio santos, a moça resolveu mostrar musculatura em uma caminhada que tinha muita gente... dos arredores de itabuna, dos "movimentos sociais" que, como sanguessugas, adoram as veias do governo e de bêbados desequilibrados. ao cabo e ao fim da caminhada, restaram, nas esquinas e praças, bandeiras vermelhas rotas e esfarrapadas, garrafas e garrafas de cachaça vazias. lulinha paz e amor fez, faz e fará muita história.
em ilhéus, no sul da bahia, um candidato, jabes ribeiro, por não ter sido beneficiário da honraria de ouvir a voz rouca do velho companheiro conclamando o povaréu a sufragar o voto em seu nome, tomou uma providência algo assim, digamos, extrema: contratou um imitador. nada mais justo. assim, os ilheenses também tem sua cota - eh, palavrinha cheia de entendimentos! - de lula falando do jabes. só que o lula de verdade (ele existe?!) não ri como o seu imitador baiano.
em brasilha, durante a sessão de fotos na linha de montagem petista de participações lulísticas nas campanhas brasil afora, a candidata itabunense juçara "com cê cedilha" feitosa mostrou seus maus bofes e tascou um "sai da frente" ao fotógrafo oficial, recebeu em troca um civilizado "senhora, eu estou trabalhando" e devolveu um ainda mais mal humorado "mesmo assim, sai da minha frente!".
de volta às terras grapiúnas e amargando índices de popularidade mais baixos que novelas mexicanas no canal do sílvio santos, a moça resolveu mostrar musculatura em uma caminhada que tinha muita gente... dos arredores de itabuna, dos "movimentos sociais" que, como sanguessugas, adoram as veias do governo e de bêbados desequilibrados. ao cabo e ao fim da caminhada, restaram, nas esquinas e praças, bandeiras vermelhas rotas e esfarrapadas, garrafas e garrafas de cachaça vazias. lulinha paz e amor fez, faz e fará muita história.
criador e criaturas
sem sombra de dúvida, luizignatiusprimoetuno fez história neste país. ao apropriar-se do latifúndio de um partido surgido de legítimos - e legitimados - anseios populares, tornou-se popularesco e, do torneiro mecânico que se transmutou em presidente de um país, tornou-se, ele próprio, um paradoxo.
vitimado por uma doença que grassa entre aqueles que experimentam o poder, ignatius sonha, pugna em tornar-se eterno, onipotente. e aqueles que o cercam - mesmo de muito longe - foram todos contagiados. de brasilha a quixeramobim, de sãpaulo a chorrochó. os aquinhoados com a estrela vermelha do partido dos trabalhadores em sua mais alta graduação, empunham a carantonha (até simpática) de ignatius como bandeira nestas eleições municipais e nem por isto tão menores como a que o endeusado pernambucano tornado paulista sonha disputar (ele deve pretender o lugar de deus - e já o é, pelo menos aos olhos petistas e daqueles politicamente inocentes).
deixemo-lo de lado com sua egolatria. voltemo-nos a paragens mais rasteiras eleitoralmente mas que são o cimento, o alicerce dos sonhos desse deus etilizado e etílico cujo olhar dardeja fulminante e mesmeriza hostes, multidões (já nem tão multidões mas ainda assim, hostes).
em todos os rincões onde há eleições e candidatos, estrelas se digladiam com ou se juntam a aves, corações e símbolos tantos quanto as letras das suas siglas em busca do... poder (algo a ver com edir macedo?). inimigos de outrora são amantes shakesperianos, inseparáveis até que o voto os separe. e em tudo emerge, soberana, a figura (ainda carismática) daquele que nada sabe e nada vê, o onisciente (ou seria nihilisciente) almight lula.
alçado com muito gosto a salvador da pátria, defensor dos frascos e dos comprimidos, ignatius vai aonde o (seu) povo está. não importa como. se o palanque é sólido, lá está ele para solidificá-lo ainda mais. se é mambembe e treme das pernas diante do adversário, lá está ele ungido para dar-lhe consistência. criou-se assim, no país do futebol, a mais imbatível das equipes pebolístico-eleitoreiras: o time de lula! ainda que com alguns atletas que envergonhariam a mais subterrânea das criaturas, o escrete está em todos os gramados.
sem perceber (na verdade, percebendo-o muito bem e disfarçando melhor ainda) ignatius desconstrói lula e destrói o pt. suja a história que construiu com o auxílio luxuoso de patinhas, duda mendonça e outros próceres da propaganda brasileira. uma história que, em outra história, não acabaria nada bem. mas convenhamos, vivemos no paraíso terrestre chamado brasil. bem podia ser shangri-lá, pasárgada ou algo que o valha.
no entanto, a olhos que costumam ver, o partido de lula se confunde a um cavalo desembestado em direção a um precipício e com o dono em cima.
Se bem que a imagem refletida poderia bem sugerir o contrário: o dono, desembestado, arrastando o pobre equídeo em direção ao abismo.
vitimado por uma doença que grassa entre aqueles que experimentam o poder, ignatius sonha, pugna em tornar-se eterno, onipotente. e aqueles que o cercam - mesmo de muito longe - foram todos contagiados. de brasilha a quixeramobim, de sãpaulo a chorrochó. os aquinhoados com a estrela vermelha do partido dos trabalhadores em sua mais alta graduação, empunham a carantonha (até simpática) de ignatius como bandeira nestas eleições municipais e nem por isto tão menores como a que o endeusado pernambucano tornado paulista sonha disputar (ele deve pretender o lugar de deus - e já o é, pelo menos aos olhos petistas e daqueles politicamente inocentes).
deixemo-lo de lado com sua egolatria. voltemo-nos a paragens mais rasteiras eleitoralmente mas que são o cimento, o alicerce dos sonhos desse deus etilizado e etílico cujo olhar dardeja fulminante e mesmeriza hostes, multidões (já nem tão multidões mas ainda assim, hostes).
em todos os rincões onde há eleições e candidatos, estrelas se digladiam com ou se juntam a aves, corações e símbolos tantos quanto as letras das suas siglas em busca do... poder (algo a ver com edir macedo?). inimigos de outrora são amantes shakesperianos, inseparáveis até que o voto os separe. e em tudo emerge, soberana, a figura (ainda carismática) daquele que nada sabe e nada vê, o onisciente (ou seria nihilisciente) almight lula.
alçado com muito gosto a salvador da pátria, defensor dos frascos e dos comprimidos, ignatius vai aonde o (seu) povo está. não importa como. se o palanque é sólido, lá está ele para solidificá-lo ainda mais. se é mambembe e treme das pernas diante do adversário, lá está ele ungido para dar-lhe consistência. criou-se assim, no país do futebol, a mais imbatível das equipes pebolístico-eleitoreiras: o time de lula! ainda que com alguns atletas que envergonhariam a mais subterrânea das criaturas, o escrete está em todos os gramados.
sem perceber (na verdade, percebendo-o muito bem e disfarçando melhor ainda) ignatius desconstrói lula e destrói o pt. suja a história que construiu com o auxílio luxuoso de patinhas, duda mendonça e outros próceres da propaganda brasileira. uma história que, em outra história, não acabaria nada bem. mas convenhamos, vivemos no paraíso terrestre chamado brasil. bem podia ser shangri-lá, pasárgada ou algo que o valha.
no entanto, a olhos que costumam ver, o partido de lula se confunde a um cavalo desembestado em direção a um precipício e com o dono em cima.
Se bem que a imagem refletida poderia bem sugerir o contrário: o dono, desembestado, arrastando o pobre equídeo em direção ao abismo.
terça-feira, setembro 11, 2012
...felizes para sempre
provérbio de pescadores de ilhéus: água mole em pedra dura tanto bate até que mariscos, lagostas vão embora porque em briga da maré contra o rochedo...
as eleições no sul da bahia tem propiciado momentos tensos, dramáticos até.
no mais recente deles, o capitão fábio declarou-se devidamente divorciado da campanha petista que pretende elevar juçara feitosa à cadeira de alcaide mor de itabuna. motivo: a insatisfação com o tratamento que lhe estava sendo dispensado pela cúpula da campanha - leia-se geraldo simões.
a "briga" do capitão com a campanha da candidata petista, trombeteada na blogosfera local - uma das mais atuantes do estado - durou pouco ou quase nada. dizendo melhor, entre mortos e feridos salvaram-se todos. nada que um empurrãozinho na carreira não curasse.
promovido a major no fechar das portas do avião que levou o governador j.w. para longe do território nacional e o tirou das ruas de salvador antes do sete de setembro, o capitão, agora mais estrelado lambeu as feridas do orgulho e selou as pazes com o qg geraldino em um almoço sorridente no restaurante do itabuna palace hotel no início da tarde desta terça-feira, 11.
no final do regabofe, fotos e juras de amor eterno... até que geraldo os separe. de novo.
as eleições no sul da bahia tem propiciado momentos tensos, dramáticos até.
no mais recente deles, o capitão fábio declarou-se devidamente divorciado da campanha petista que pretende elevar juçara feitosa à cadeira de alcaide mor de itabuna. motivo: a insatisfação com o tratamento que lhe estava sendo dispensado pela cúpula da campanha - leia-se geraldo simões.
a "briga" do capitão com a campanha da candidata petista, trombeteada na blogosfera local - uma das mais atuantes do estado - durou pouco ou quase nada. dizendo melhor, entre mortos e feridos salvaram-se todos. nada que um empurrãozinho na carreira não curasse.
promovido a major no fechar das portas do avião que levou o governador j.w. para longe do território nacional e o tirou das ruas de salvador antes do sete de setembro, o capitão, agora mais estrelado lambeu as feridas do orgulho e selou as pazes com o qg geraldino em um almoço sorridente no restaurante do itabuna palace hotel no início da tarde desta terça-feira, 11.
no final do regabofe, fotos e juras de amor eterno... até que geraldo os separe. de novo.
domingo, setembro 02, 2012
fogos de artifício
inventados pelos chineses, os fogos de artifício já tiveram uso diversificado pela criatividade brasileira: de anunciadores de alvíssaras a alarmes anti-polícia nas bocas de fumo de todo o país passando, claro, pela função primordial de espetacularizar festas - tanto populares quanto burguesas (nestas últimas apenas para deixar a plebe ciente e participativa ainda que à distância).
nesses tempos eleitoreiros, o foguetório também festeja palavras de ordem - ainda que lugares comuns de sempre - discursos ininteligíveis, promessas vãs e magrianamente (lembram do rogério, ex-ministro?) 'incumpríveis' feitas por candidatos boquirrotos mas cientes do efeito que elas tem sobre o populacho.
o foguetório é, na verdade, a 'claque' para esse auditório que, no próximo 7 de outubro, definirá nas urnas quem teve mais fogo nas algibeiras. quais girândolas tiveram mais cores e quais rojões espoucaram mais alto. é assim, na terra brasilis, do oiapoque ao chuí, do atlântico baiano às plantações de coca bolivarianas que fazem das nossas fronteiras florestais, secas e molhadas terra de ninguém.
discursos e intenções à parte, com a entronização da blogosfera no território das disputas políticas a liberdade de expressão tornou-se algo surreal. o "jornalismo" praticado por blogueiros - 99,99 por cento deles ditos "jornalistas" - parece mais escambo. algo bíblico até. falta apenas um nazareno para expulsá-los do templo.
há quem diga, e talvez cheio de razão (valha-me shakespeare!) que a imprensa sempre esteve a serviço de algo ou de alguém. não serei eu a discordar ou concordar. muito pelo contrário. no entanto, surpreende e muito, a olhos mais atentos ou que queiram se aprofundar além da telinha dos notebooks, ipads, iphones, tablets et caterva, o que se passa por detrás de cada nota que se propõe a analisar este ou aquele candidato, ato de campanha, movimento de partes (epa!) ou reunião de próceres. a única isenção que existe é a do imposto de renda ou de outros tributos como i.s.s., já que tudo que se resenha não deixa de ser um serviço.
todos tem cores partidárias (leia-se pecuniárias) embora disfarcem-nas publicando gotículas dos seus desafetos (por pagarem menos ou por resistirem ao seu canto de sereia - aqui a trilha sonora sugerida seria aquela marchinha que diz inocentemente "ei, você aí, me dá um dinheiro aí..."). venalidade teu nome é blogueiro?
uma olhada nos blogues das terras grapiúnas nos dá uma antevisão do que se passa sob as folhas do cacaual empesteado de vassoura-de-bruxa que uma campanha política pode ser. a blogosfera local - uma das mais exuberantes e diversificadas desta bahia de apenas um jorge - explode em cores, palavras, rubores, tons, sobretons e partidos altos e baixos. explodem e colorem os céus - faltando só pintar nos céus como uma esquadrilha da fumaça os nomes dos seus ungidos.
o novo "jornalismo" inaugurado nessa blogosfera é, deveras, novo. tão novo que ainda não aprendeu a escrever a palavra ética. muito menos o que pode significar. claro que existem aqueles que diferem, divergem destes mas, infelizmente, como tudo de bom, são suplantados em número e ardilosidade.
mas há sempre um contraponto. apesar de conduzirem a disputa política para dentro das suas páginas, os grapiúnas ainda estão léguas sem fim adiante de uma publicação lá de morro do chapéu, na chapada diamantina.
nesses tempos eleitoreiros, o foguetório também festeja palavras de ordem - ainda que lugares comuns de sempre - discursos ininteligíveis, promessas vãs e magrianamente (lembram do rogério, ex-ministro?) 'incumpríveis' feitas por candidatos boquirrotos mas cientes do efeito que elas tem sobre o populacho.
o foguetório é, na verdade, a 'claque' para esse auditório que, no próximo 7 de outubro, definirá nas urnas quem teve mais fogo nas algibeiras. quais girândolas tiveram mais cores e quais rojões espoucaram mais alto. é assim, na terra brasilis, do oiapoque ao chuí, do atlântico baiano às plantações de coca bolivarianas que fazem das nossas fronteiras florestais, secas e molhadas terra de ninguém.
discursos e intenções à parte, com a entronização da blogosfera no território das disputas políticas a liberdade de expressão tornou-se algo surreal. o "jornalismo" praticado por blogueiros - 99,99 por cento deles ditos "jornalistas" - parece mais escambo. algo bíblico até. falta apenas um nazareno para expulsá-los do templo.
há quem diga, e talvez cheio de razão (valha-me shakespeare!) que a imprensa sempre esteve a serviço de algo ou de alguém. não serei eu a discordar ou concordar. muito pelo contrário. no entanto, surpreende e muito, a olhos mais atentos ou que queiram se aprofundar além da telinha dos notebooks, ipads, iphones, tablets et caterva, o que se passa por detrás de cada nota que se propõe a analisar este ou aquele candidato, ato de campanha, movimento de partes (epa!) ou reunião de próceres. a única isenção que existe é a do imposto de renda ou de outros tributos como i.s.s., já que tudo que se resenha não deixa de ser um serviço.
todos tem cores partidárias (leia-se pecuniárias) embora disfarcem-nas publicando gotículas dos seus desafetos (por pagarem menos ou por resistirem ao seu canto de sereia - aqui a trilha sonora sugerida seria aquela marchinha que diz inocentemente "ei, você aí, me dá um dinheiro aí..."). venalidade teu nome é blogueiro?
uma olhada nos blogues das terras grapiúnas nos dá uma antevisão do que se passa sob as folhas do cacaual empesteado de vassoura-de-bruxa que uma campanha política pode ser. a blogosfera local - uma das mais exuberantes e diversificadas desta bahia de apenas um jorge - explode em cores, palavras, rubores, tons, sobretons e partidos altos e baixos. explodem e colorem os céus - faltando só pintar nos céus como uma esquadrilha da fumaça os nomes dos seus ungidos.
o novo "jornalismo" inaugurado nessa blogosfera é, deveras, novo. tão novo que ainda não aprendeu a escrever a palavra ética. muito menos o que pode significar. claro que existem aqueles que diferem, divergem destes mas, infelizmente, como tudo de bom, são suplantados em número e ardilosidade.
mas há sempre um contraponto. apesar de conduzirem a disputa política para dentro das suas páginas, os grapiúnas ainda estão léguas sem fim adiante de uma publicação lá de morro do chapéu, na chapada diamantina.
sexta-feira, agosto 31, 2012
bigodes ao vento
em itabuna, às margens do (quase morto) rio cachoeira, rebuliço geral a que um blog chamou de furdunço: o ministério público decidiu-se, de uma penada só, assombrar todos os vereadores da cidade com uma ação civil de improbidade administrativa.
pasmo, surpresa seguida de mais pasmo e uma coletiva marcada às pressas jogando pro alto compromissos de campanha foram os sinais mais visíveis do efeito que a tal da ação teve sobre o candidato vane da renascer (é assim que é conhecido), ele próprio disputando com azevedo e juçara a preferência do eleitorado na escolha de quem senta - ou permanece, no caso de azevedo - na poltrona de alcaide.
de bigodes bem latinos eriçados, o bem falante vereador e seu 'partner' wenceslau (também vereador e também metido na encrenca até os aros dos óculos) estranhou "o momento escolhido pelo promotor público" para ajuizar tal ação. existe um momento específico, especial para isto? seria um... digamos assim, momento de luna plena, ao som de carlos gardel (notaram que ele parece-se algo assim?) e umas velinhas decorando o ambiente?
bom, deixemos essas elucubrações de lado e voltemos ao assunto. por seu turno, o vice wenceslau, mais belicoso, mais pra m.m.a retórico do que pra um ghandi grapiúna, furibundo, já brandiu seu arsenal e anunciou que a ação vai gerar uma reação e entrará com uma representação contra o promotor.
como diria o insepulto collor de mello no melhor da sua retórica frente à turba dos caraspintadas pré lulianos: o tempo é o senhor da razão (no caso de wenceslau faltaram os olhos esbugalhados e fuzilando). por enquanto, todos colocaram bigodes e outros adereços - e até discursos - de molho. ninguém parece querer pagar pra ver. mas que isso deve tirar umas boas horas de sono... ah! é mais do que certo!
pasmo, surpresa seguida de mais pasmo e uma coletiva marcada às pressas jogando pro alto compromissos de campanha foram os sinais mais visíveis do efeito que a tal da ação teve sobre o candidato vane da renascer (é assim que é conhecido), ele próprio disputando com azevedo e juçara a preferência do eleitorado na escolha de quem senta - ou permanece, no caso de azevedo - na poltrona de alcaide.
de bigodes bem latinos eriçados, o bem falante vereador e seu 'partner' wenceslau (também vereador e também metido na encrenca até os aros dos óculos) estranhou "o momento escolhido pelo promotor público" para ajuizar tal ação. existe um momento específico, especial para isto? seria um... digamos assim, momento de luna plena, ao som de carlos gardel (notaram que ele parece-se algo assim?) e umas velinhas decorando o ambiente?
bom, deixemos essas elucubrações de lado e voltemos ao assunto. por seu turno, o vice wenceslau, mais belicoso, mais pra m.m.a retórico do que pra um ghandi grapiúna, furibundo, já brandiu seu arsenal e anunciou que a ação vai gerar uma reação e entrará com uma representação contra o promotor.
como diria o insepulto collor de mello no melhor da sua retórica frente à turba dos caraspintadas pré lulianos: o tempo é o senhor da razão (no caso de wenceslau faltaram os olhos esbugalhados e fuzilando). por enquanto, todos colocaram bigodes e outros adereços - e até discursos - de molho. ninguém parece querer pagar pra ver. mas que isso deve tirar umas boas horas de sono... ah! é mais do que certo!
quinta-feira, agosto 16, 2012
linha de montagem
no afã de abocanhar uma cadeira de vereador, prefeito, síndico, deputado, senador e até... de presidente, a gente se submete - ou submete os outros - a cada coisa! que deus duvida e o diabo diz amém. sério! pra valer!
com a estratégia petista - sempre eles! - criada por luizignatiusprimoetuno de colar sua carantonha pós tratamento quimioterápico às caras dos seus pupilos neste país de camisas vermelhas e estrelinhas cintilantes para servir como salvo conduto no caminho às urnas, candidatos à mancheia se digladiam por assentos em aviões e espaços (e tempo) em busca de um lugar mais alto junto ao líder maior.
nesse contexto, fazem fila como fãs descabeladas (antigamente chamadas "tietes") para uma foto e/ou uma tomada de vídeo com o chefe de josé dirceu. é simplesmente, surreal. num país que se diz a caminho de primeiro mundo, com ventosidades e veleidades de sociedade moderna, essa cerimônia de beija-pés descarada... não. não é surreal é vergonhosa.
não há plano de governo (baixa-se em qualquer prateleira do google um arremedo qualquer e pronto!), não há discurso, não ha sequer uma tentativa mais sólida, mais consistente de convencimento ao specimen mais abundante de idiota dessa terra brasilis: o eleitor. para este basta a isca rutilante daquele que "nunca, na história deste país" soube tão pouco de tanto furdunço que acontecia sob suas barbas.
hilariante, ridículo e prova mais cabal do ponto a que se pode chegar nessa busca desenfreada pelo poder e a que níveis pode subir esse culto, essa idolatria a ignatius, está no comportamento de uma candidata (petista, claro!) na fila para foto com o césar dos excluídos (dos mensalões, das benesses e das farras de brasilha). confira no vídeo arriba. por uma questão de postura - eu também tenho a minha - declino dos nomes da criatura envolvida e do seu digníssimo deputado/marido mas não declino das caras e vozes que compõem a peça.
mas ela está, até certo ponto, correta: num país em que ladrões ameaçam processar a quem roubam, onde se diz, em plena suprema corte, que inocentar esses bandidos é "envergonhar, conspurcar" a carta magna e, onde debates jurídicos perdem-se em citações de peças musicais alheias que, embora belas e profundas não se justificam em tal ambiente, fazer o quê?
talvez o melhor seja entrar no clima da batalha entre milionários advogados, milionários réus e cair no festival de música encenado em brasilha a que a mídia chamou de "julgamento do mensalão" e soltar o meu plágio: "que país é este?"
as fotos, que dão o mote deste post, saídas da linha de montagem percorrerão o brasil de cabo a rabo com a missão de assegurar o "habemus dominus" dos camisas vermelhas e estrelas rutilantes e convencer àqueles para quem tal firmamento é um tanto quanto indigesto de que a figurinha colada ali no lugar do dedo que falta ao lord of the rings priva da sua mais alta estima e é a salvação de todos os males até os mais comezinhos como aquela falta de apetite para acreditar que alguma coisa séria possa acontecer neste canto do planeta abaixo da línha do equador.
hugo chávez que nos proteja com a benção de ahmadinejad!
com a estratégia petista - sempre eles! - criada por luizignatiusprimoetuno de colar sua carantonha pós tratamento quimioterápico às caras dos seus pupilos neste país de camisas vermelhas e estrelinhas cintilantes para servir como salvo conduto no caminho às urnas, candidatos à mancheia se digladiam por assentos em aviões e espaços (e tempo) em busca de um lugar mais alto junto ao líder maior.
nesse contexto, fazem fila como fãs descabeladas (antigamente chamadas "tietes") para uma foto e/ou uma tomada de vídeo com o chefe de josé dirceu. é simplesmente, surreal. num país que se diz a caminho de primeiro mundo, com ventosidades e veleidades de sociedade moderna, essa cerimônia de beija-pés descarada... não. não é surreal é vergonhosa.
não há plano de governo (baixa-se em qualquer prateleira do google um arremedo qualquer e pronto!), não há discurso, não ha sequer uma tentativa mais sólida, mais consistente de convencimento ao specimen mais abundante de idiota dessa terra brasilis: o eleitor. para este basta a isca rutilante daquele que "nunca, na história deste país" soube tão pouco de tanto furdunço que acontecia sob suas barbas.
mas ela está, até certo ponto, correta: num país em que ladrões ameaçam processar a quem roubam, onde se diz, em plena suprema corte, que inocentar esses bandidos é "envergonhar, conspurcar" a carta magna e, onde debates jurídicos perdem-se em citações de peças musicais alheias que, embora belas e profundas não se justificam em tal ambiente, fazer o quê?
talvez o melhor seja entrar no clima da batalha entre milionários advogados, milionários réus e cair no festival de música encenado em brasilha a que a mídia chamou de "julgamento do mensalão" e soltar o meu plágio: "que país é este?"
as fotos, que dão o mote deste post, saídas da linha de montagem percorrerão o brasil de cabo a rabo com a missão de assegurar o "habemus dominus" dos camisas vermelhas e estrelas rutilantes e convencer àqueles para quem tal firmamento é um tanto quanto indigesto de que a figurinha colada ali no lugar do dedo que falta ao lord of the rings priva da sua mais alta estima e é a salvação de todos os males até os mais comezinhos como aquela falta de apetite para acreditar que alguma coisa séria possa acontecer neste canto do planeta abaixo da línha do equador.
hugo chávez que nos proteja com a benção de ahmadinejad!
terça-feira, julho 24, 2012
...mas a culpa é do ricardinho...
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"kolynos faz do seu sorriso um sorriso mais brilhante" |
mas a culpa é do ricardinho, um jornalista que assimilei como amigo no sul da bahia, onde me jogaram como mala velha e, já que perdi o bonde da história que ia contar, falemos um pouco desse insígne escrevinhador e rábula. ricardinho é deficiente de centimetragem o que, embora não o desmereça fisicamente, faz-lhe mal se tivesse de ser colunista e dependesse da sua altura para dimensionar o seu espaço. por outro lado, e isso é ótimo, por ser pequeno, cabe em qualquer canto. até nesta postagem. voltemos à história que eu pretendia contar. voltemos à greve dos professores que já passou dos cem dias e gerou um bate-boca deverasmente instigante (não foi aquele entre a professora com esfíncter urinário deficitário e a pobre moça saneadora de banheiros e correlatos. não. de forma nenhuma.).

eureka!! lembrei do que queria contar! o portugal não disse (quer dizer, escreveu) no moribundo jornal a tarde - estrebuchante é mais nordestino, não? - que abria mão da verba destinada a seu midiático band aid para curar um câncer? ou eu li errado? ou eu vi errado? ou eu sou tão amigo do jorginho que li o que gostaria que ele escrevesse? ou eu gosto tanto desse amigo jorginho lá de santamaro que compreendi o que ele escreveu do jeito que eu queria que ele agisse? sei lá!
seja lá de que jeito for, o que eu queria contar e vou acabar gastando todo o espaço do meu brogue sem dizer nada é que, por esses dias, encontrei o portugal no aeroporto de ilhéus. depois dos abraços de praxe entre dois bons amigos (?) ele me revelou que estava na cidade finalizando os detalhes para começar os tais dos aulões da discórdia e que corroem a maneira wagner de governar (me lembra até um certo "ex" eternizado pelas pessoas): "nunca na história deste país...".
ué?! mas ele não tinha escrito, dito, falado, sussurrado e resmungado lá no jornal a tarde que abriria mão desse negócio? sei não... a esta altura do campeonato, vai ver que eu sonhei.
mas a culpa é do ricardinho.
sexta-feira, julho 20, 2012
blog impugna candidatura de a a z
campanha política sempre dá o que falar. ou o que não falar. na semana passada, ganhou a rede um vídeo com um candidato a vereador se enrolando nas palavras (e nos palavrões) durante uma briga com o texto que deveria recitar na sua participação no programa eleitoral do seu partido em belém do pará.
ainda na semana passada, antes do recesso branco, o deputado federal amaury teixeira, aproveitou o plenário vazio da câmara como cenário para gravar as exortações ao eleitorado dos seus muitos apoiados em vários municípios (aliás, cenário bem apropriado...).
em itabuna, um secretário municipal perdeu as estribeiras e do alto dos seus quase dois metros, arrebatou o gravador de um repórter durante uma caminhada. o quiprocó, ainda que (quase) subterrâneo foi imenso, diluviano. após inúmeras conferências no plenário da onu local, o conflito foi dado como encerrado, morto e sepultado com uma retratação.
Eis que, das cinzas do combate a fênix renasce esplendorosa: o blog ao qual o profissional é vinculado faz valer o ditado que reza: "vingança é um prato que se come frio". e o que f|ez? nada. nadica de nada a não ser docemente, inocentemente, brandamente, ignorar solenemente (gostaram) a candidatura do atual prefeito.
assim, em todas as suas postagens onde divulga a agenda dos candidatos, o blog lista todos. até mesmo os que não enviaram informações. mas o indigitado chefe do secretário motivo de tamanha indignação nem aparece.
aliás, parece que a indignação foi proporcional ao tamanho daquele que a provocou.
ainda na semana passada, antes do recesso branco, o deputado federal amaury teixeira, aproveitou o plenário vazio da câmara como cenário para gravar as exortações ao eleitorado dos seus muitos apoiados em vários municípios (aliás, cenário bem apropriado...).
em itabuna, um secretário municipal perdeu as estribeiras e do alto dos seus quase dois metros, arrebatou o gravador de um repórter durante uma caminhada. o quiprocó, ainda que (quase) subterrâneo foi imenso, diluviano. após inúmeras conferências no plenário da onu local, o conflito foi dado como encerrado, morto e sepultado com uma retratação.
Eis que, das cinzas do combate a fênix renasce esplendorosa: o blog ao qual o profissional é vinculado faz valer o ditado que reza: "vingança é um prato que se come frio". e o que f|ez? nada. nadica de nada a não ser docemente, inocentemente, brandamente, ignorar solenemente (gostaram) a candidatura do atual prefeito.
assim, em todas as suas postagens onde divulga a agenda dos candidatos, o blog lista todos. até mesmo os que não enviaram informações. mas o indigitado chefe do secretário motivo de tamanha indignação nem aparece.
aliás, parece que a indignação foi proporcional ao tamanho daquele que a provocou.
quarta-feira, julho 11, 2012
seis por meia dúzia
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só com o anjo da guarda (honório jacometto/tv anhanguera |
demóstenes despede-se da vida senatorial (acredite, ó enérgumeno!) e entra para a história (viva, getúlio!) como o segundo senador a ser cassado. antes dele, vários outros oscilaram perigosamente pela beirada desse desvio da política. deixemo-los todos em paz pois panela que muitos mexem acaba azedando o caldo. mas - o triste em todas as histórias, mesmo aquelas de finais felizes, é que existe um 'mas') trocamos seis por meia dúzia.sai demóstenes, entra demóstenes. quer dizer: sai um, entra o mesmo, com outro nome.
acusado disto e daquilo com carlinhos cachoeira, sai demóstenes torres e entra wilder moraes, acusado de ligações nebulosas com... carlinhos cachoeira! (se bem que pra mim, ser ex da atual mulher do cachoeira é privilégio e não desfavor). saímos do paraíso numa velocidade tão grande que nem chegamos a perceber que havíamos entrado! mas não há de ser nada. sempre haverá aquele momento em que, frente à sacrossanta urna, ergueremos os olhos aos céus em muda e súplice oração e pediremos ao senhor uma luz: como é mesmo o número dele? mas isto só lá pra 2027. até lá já terei ido abraçar meus ancestrais e não me importarei tanto com essas picuinhas.
segunda-feira, julho 02, 2012
o sorriso do lagarto
não sei nem de onde me veio a ideia do título acima: se de joão ubaldo ribeiro ou se da imagem que crio quando vejo a foto que ilustra tudo que tem sido publicado envolvendo jorge portugal, agora alçado a alvo número um de professores revoltados e estudantes idem por ter sido contratado como salvador da pátria e judas idem na questão da greve do professorado estadual.
se de um lado, o empresário jorge portugal, representado na sua empresa abais pelas queridas (assim acredito) esposa e filha, tem todo o direito - como assim o tem aqueles moços lá de brasilha - de meter a mão no erário público, o professor e queridinho dos pré vestibulandos jorge portugal, deu uma escorregada feia na maionese com algumas declarações que contradizem o bom mocismo de que sempre foi protagonista (pelo menos assim aparentava).
a grana que portugal empresário defende está dentro da legalidade embora afronte todos os seus colegas. mas afronta menos do que algumas declarações dadas por esse alter ego do professor que desqualificou seus pares que queimam pestanas e suam camisas para ganhar alguns reais por hora/aula em detrimento daqueles que desfilam nos quadros dos seus programas de tevê "são professores de ponta, dos melhores colégios de salvador!"
a revolta que move céus e terras do planeta escola pública contra o empresário/professor/midiático/boa gente/sorriso fácil e generoso jorge portugal, tem lá suas razões de ser e todas elas, pertinentes. com um pé na escola, portugal está fora dela. pelo menos daquela de onde é egresso: a escola pública a que avilta e humilha publicamente na medida em que desqualifica colocando-a em termos difíceis de se definir. se os colégios privados são o que há de melhor e por isso mesmo, inacessíveis à massa (lembra, portugal?) as escolas públicas são então, o rebotalho. e, por isso mesmo, dignas da massa (lembra, portugal?).
mas se o populacho se revolta contra o portugal empresário, outro portugal, o midiático, toma as dores e o defende criticando justamente a mídia que o elevou ao topo ou, como ele mesmo diz em sua configuração empresarial, à ponta. "estou sendo bombardeado por um sensacionalismo moralista" discursou contra a imprensa.
melhor se saiu josé sérgio gabrielli em meio ás vaias do dois de julho, com ares de futuro governador e seguindo à risca a cartilha que o divino mestre lulaoniscienteprimoetuno concebeu e passou para wagner: "a gente não pode subordinar os interesses do conjunto do povo baiano a uma categoria."
é. dizer mais o quê?
se de um lado, o empresário jorge portugal, representado na sua empresa abais pelas queridas (assim acredito) esposa e filha, tem todo o direito - como assim o tem aqueles moços lá de brasilha - de meter a mão no erário público, o professor e queridinho dos pré vestibulandos jorge portugal, deu uma escorregada feia na maionese com algumas declarações que contradizem o bom mocismo de que sempre foi protagonista (pelo menos assim aparentava).
a grana que portugal empresário defende está dentro da legalidade embora afronte todos os seus colegas. mas afronta menos do que algumas declarações dadas por esse alter ego do professor que desqualificou seus pares que queimam pestanas e suam camisas para ganhar alguns reais por hora/aula em detrimento daqueles que desfilam nos quadros dos seus programas de tevê "são professores de ponta, dos melhores colégios de salvador!"
a revolta que move céus e terras do planeta escola pública contra o empresário/professor/midiático/boa gente/sorriso fácil e generoso jorge portugal, tem lá suas razões de ser e todas elas, pertinentes. com um pé na escola, portugal está fora dela. pelo menos daquela de onde é egresso: a escola pública a que avilta e humilha publicamente na medida em que desqualifica colocando-a em termos difíceis de se definir. se os colégios privados são o que há de melhor e por isso mesmo, inacessíveis à massa (lembra, portugal?) as escolas públicas são então, o rebotalho. e, por isso mesmo, dignas da massa (lembra, portugal?).
mas se o populacho se revolta contra o portugal empresário, outro portugal, o midiático, toma as dores e o defende criticando justamente a mídia que o elevou ao topo ou, como ele mesmo diz em sua configuração empresarial, à ponta. "estou sendo bombardeado por um sensacionalismo moralista" discursou contra a imprensa.
melhor se saiu josé sérgio gabrielli em meio ás vaias do dois de julho, com ares de futuro governador e seguindo à risca a cartilha que o divino mestre lulaoniscienteprimoetuno concebeu e passou para wagner: "a gente não pode subordinar os interesses do conjunto do povo baiano a uma categoria."
é. dizer mais o quê?
mea culpa
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ernesto marques |
“... Assim, do lugar onde me vejo, como militante do Partido dos
Trabalhadores, e como livre-pensador irredutível, tenho obrigação de exercitar
a crítica.
O PT vive as dores profundas das suas maiores contradições por cumprir seu destino como partido de massas, e o exercício do poder acentua e expõe naturalmente essas contradições. Perdemos substância quando cedemos ao pragmatismo além da conta. Na origem, é o mesmo impulso que leva a compor uma cena bizarra e registrar para a posteridade. A gente não merece muita coisa, como ouvir Maluf dizer que está à esquerda de Lula, depois daquela foto.”
O PT vive as dores profundas das suas maiores contradições por cumprir seu destino como partido de massas, e o exercício do poder acentua e expõe naturalmente essas contradições. Perdemos substância quando cedemos ao pragmatismo além da conta. Na origem, é o mesmo impulso que leva a compor uma cena bizarra e registrar para a posteridade. A gente não merece muita coisa, como ouvir Maluf dizer que está à esquerda de Lula, depois daquela foto.”
o texto acima foi extraído de uma carta publicada pelo jornalista ernesto marques, ex-candidato a candidato petista ao cargo de vereador em salvador logo depois da convenção que referendou os nomes do partido na disputa eleitoral deste ano.
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lula, haddad & maluf: diferentes? |
extremamente lúcido, este "exercício da crítica" do ernesto, deveria ter sido protagonizado pelo principal expoente do partido dos trabalhadores, luizignatiusprimoetuno. mas ele não consegue ver mais do que o próprio umbigo. caminho seguido pela grande maioria dos seus seguidores. por falta de autocríticas como estas, a cada dia o pt se ditatorializa mais e assim se distancia mais daquela que foi a sua base de criação, sustentação e crescimento: a massa. o pt de hoje tem fome e sede de poder. apenas isto. nada mais que isto. e para saciar essas necessidades, não mede esforços nem escolhe caminhos. muito menos aliados (foto acima).
terça-feira, junho 19, 2012
os fins justificam os meios
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a "mão de deus" - ignatius primo et uno |
o toque da mão de deus mesmeriza chávez |
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"...por amor a são paulo..." |
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por amor a ...? |
quarta-feira, maio 02, 2012
Indivíduo pensado e não pensador*
Desde o Renascimento, quando o conhecimento científico ganhou relevo, contrapondo-se aos valores religiosos tão arraigados no homem medieval, o mundo vem ganhando contornos imprevisíveis. É impossível dizer se as próximas descobertas e transformações, pelas quais a humanidade ainda passará, serão favoráveis ou não, na sua grande maioria, ao seu bem estar.
As ideias iluministas trouxeram, no século XVII, uma forma diferente de enxergar o mundo. O homem consolidou o seu pensar racional, atribuindo à ciência um absolutismo, quem sabe tão dogmático quanto o poderoso viés religioso e aristotélico usado para explicar os fenômenos nos quais a sociedade estava mergulhada.
A despeito dos avanços trazidos ao planeta pela sistematização do conhecimento, a superação do empirismo acarretou um positivismo perigoso sobre o qual, em meados do século XIX, mentes consideradas brilhantes depositaram exclusivamente suas esperanças de progresso nas diversas áreas de atividade e de necessidade humanas.
A ideia era manter a sociedade em ordem e deixar que os cientistas encontrassem o caminho a ser percorrido para melhorar a condição biológica, psíquica, econômica e social. Mas para isso, era necessário um silêncio e uma passividade por parte daqueles considerados intelectualmente inferior. O melhor para os “donos do conhecimento”, era um indivíduo pensado e não pensador.
Questionar os avanços e os meios pelos quais eles foram obtidos, soava talvez tão mal quanto a reação dos renascentistas diante das descobertas vigentes na obscuridade religiosa medieval. Os valores haviam mudado? Sim. Porém outra forma de domínio estabelecia-se, mesmo com a pregação de liberalismo político e econômico, hoje ainda tão proclamada por uma corrente ideológica que defende a individualidade e a liberdade do homem. Mas essa defesa talvez seja a forma encontrada para fazê-lo preso com uma falsa sensação de liberdade.
(* Artigo by Tony Santos - radialista, beletrista, pensador de Ribeira do Pombal)
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terça-feira, março 20, 2012
politicamente incorreto
promotor: membro do
ministério público, responsável pela defesa do patrimônio público, do
meio-ambiente, dos direitos dos consumidores, do direito econômico, defesa do
patrimônio histórico-cultural brasileiro, defesa dos hipossuficientes tais como
crianças, idosos, minorias etc. dentre muitos outros interesses coletivos de
relevância social.
cigano: trapaceiro,
sabido, espertalhão, burlador, velhaco, trapaceador (...)
as duas
palavras acima e suas definições são nossas velhas conhecidas. quem, com raízes
tão profundas em um mesmo pedaço de chão a ponto de nunca ter saído do torrão
natal não já foi chamado – depois de uma transação onde levou alguma vantagem –
de... cigano? que atire, então, a
primeira pedra. quem, nas públicas repartições lotadas de aproveitadores das
necessidades alheias nunca pagou juros de... cigano! pelos caraminguás
destinados a segurar as despesas até o próximo holerite? que atire a primeira
promissória (ou cheque).
pois, não
é que um promotor de justiça um tanto ocioso decidiu-se
que a definição pejorativa dada à palavra (e, às vezes merecidamente, aos
nômades) é motivo justo e frouxo para o banimento das bibliotecas, livrarias e
casas do ramo (inclusive escolas) do dicionário
houaiss com a sua apreensão?
imaginem agora o bafafá que baianos deveriam criar com
paulistas, cariocas e/ou sulistas em geral para quem todo e qualquer nordestino
é baiano aí se querendo dizer negro
(?!) preguiçoso, safardana e por aí afora? até os mineiros, que só são
nordestinos quando se trata de abocanhar federais verbas via sudene, são
atacados na poética definição antropológica (?) de que “mineiro é um baiano cansado!”
e os paraibanos? o que deveriam dizer quando outro compatriota
nordestino, já que o brasil sutilmente se divide em dois: o brasil do
norte-nordeste e o sul (¹) , chama alguém atabalhoado de... paraíba!?
melhor é a definição que damos para polaca?! quer saber? procure o houaiss
antes da apreensão!
melhor é a definição que nos dão os belgas às nossas
mulheres. sob o sotaque franco-belga com direito a biquinho charmoso, a palavra
brésilienne sapecada às nossas
queridocas desde 1884, traduz-se muito vulgarmente numa gíria que até já nem se
usa tanto por lá mas significa travesti.
e olhe que eles tem toda razão já que exportamos - de há tempos e tempos
atrás mas também nem tanto tempo assim - travestis para a europa.
o tal do procurador de justiça, que é outra acepção para
promotor, bem que podia ater-se à raiz grega da palavra cigano: athígganos (intocável) que o dicionário
houaiss, passível da condenação de banimento, também define muito embora
tenhamos importado a palavra cigano do francês cigain em meados do século 16.
será que o procurador, ao fundamentar o seu pedido de
apreensão do “houaiss” por esclarecer a forma como nós usamos a palavrinha
“cigano” procurou verificar a que ações apelidamos carinhosamente de “asneiras” ou o que o baiano define como
“presepada”?
sei não... sei não.
(¹) a definição é imprecisa: ao que parece, e de acordo com
os informes sobre trânsito e situação de aeroportos do país veiculados pelas
grandes redes de tv nos jornais matutinos, o brasil se divide em são paulo e
rio de janeiro (nesta ordem) e, eventualmente, brasília. o resto? bom, o
resto...
terça-feira, fevereiro 07, 2012
motim na pm: a mão armada da audiência
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na busca de audiência vale tudo: valores éticos que se danem |
povaréu. se do lado da vênus platinada, temos as sandices dos bbbs, com suas cenas que fariam corar pamela anderson da juventude de hugh hefner, do lado menos glamuroso, menos global - por assim dizer - temos que suportar estoicamente os festivais de absurdo dos datenas e seus iguais.
aqui, na terrinha de todas as greves de porta de carnaval, elevamos ao grau "formadores de opinião" (a bem da verdade eles o são) varelas, eduardos 'bocão', aloiltons batatinhas - este já nem tanto mais - et caterva. no desenrolar deste motim policial que vemos a fomentar ataques e atos de terrorismo explícito contra uma população acovardada pelo fato de que seus patronos são, em sua maioria, homens que deveriam estar zelando por ela (vide as cenas de policiais travestidos de bandidos, mascarados e de armas em punho sequestrando ônibus e interceptando automóveis), um se destaca: o jornalista/apresentador televisivo uziel bueno, da tv band (outrora - e mais séria - bandeirantes).
na sua fome de fama, o jornalista e a emissora que o emprega deixaram de lado tudo que preconiza o bom jornalismo e investiram maciçamente no sensacionalismo. do mais barato possível e imaginável. assim, os saques (reais) ocorridos por exemplo, nos primeiros dias da eclosão do movimento, tornaram-se as imagens mais difundidas pelo programa do apresentador ao longo das várias horas em que este permanece no ar.
da forma como eram mostradas, com o estardalhaço e as pantomimas faciais do tal bueno (o da globo as faz com a garganta) essas imagens - repetidas à exaustão sem se darem sequer ao cuidado de maquiá-las com alguma edição para confundir alguém mais atento - ganhavam o contorno do momento e alcançavam os objetivos tanto do apresentador quanto do orquestrador do motim: espalhavam medo. terror. pânico. porquanto eram as imagens que já estavam registradas no imaginário do povaréu sitiado.
hoje, no site de samuel celestino - decano da a.b.i - festejava-se o pico de audiência do uziel com as tais imagens - agora chamadas de cobertura jornalísticas da greve. inacreditável!
lendo dora kramer em sua coluna, tomei a licenciosidade e a petulância de transcrever-lhe um pensamento: "reivindicações todos têm. mas nem todos detém o poder de recorrer ao terror como fizeram os policiais baianos". tem toda razão a dora kramer.
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na busca de salários melhores vale tudo: até o terror |
se o amotinado marco prisco - que tem nome de general romano - faz por onde merecer o desprezo em seu desejo louco por holofotes e um lugar à sombra na câmara de vereadores de salvador mesmo que à custa do enclausuramento de dezenas, centenas de milhares de pessoas numa bolha de medo, no quarto do pânico, merecem-no muito mais jornalistas, apresentadores de rádio e tv como estes que manipulam fatos e imagens geradas por estes fatos para criar mais pânico e ascenderem ao panteão da glória de serem reconhecidos nas ruas como campeões de audiência. é de vomitar. se bem que não sei direito se me dá nojo ou se tenho dó.
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o "líder" marco prisco: em busca de um lugar à sombra |
terça-feira, janeiro 24, 2012
joão é filho de joão!
são coisicas assim que despertam em
mim o dragão, o monstro hediondo da inveja... aliás, inventaram, recentemente,
uma figura poética até certo ponto bonitinha – mas ordinária por ser algo
socialmente incorreta – para denominar essa coisa negra (ops!): “inveja
branca”. essas coisicas a que me referi acima são esses achados. a frase
lapidar (pode mesmo vir a sê-lo para a carreira política de um dos joões já que
a do outro não existe mais) me foi dita com uma fina ironia como uma explicação
para os tresvarios do simpático alcaide desta cidade chamada do são salvador da
bahia. uma explicação que nos remete então à carga genética herdada pelo
ex-marido da tornada ex-primeira-dama, suaaltesíssima real dona orge ainda
reinante nos corredores do palácio thomé de souza ainda que urjam os anseios de
dom henrique de entronizar a legalidade no leito palaciano (no sentido figurado
já que o thomé de souza não o disponibiliza pelo menos da forma como o concebemos) e ainda que pesem ou cheirem ou
emanem os eflúvios dos feromônios do mancebo recém emancipado, voltemos à frase
que me despertou tamanha inveja: joão é filho de joão. aaah, doutor hélio! sem
dúvida... sem dúvida alguma!
só à guisa de ilustração: conta a história que o
pai de joão, alcaide, o joão, senador, aquele que tira uma soneca em pleno
ensaio do olodum, temia tanto a ira da bem-amada que não hesitava em apagar um
hollywood sem filtro ainda não de todo fumado na própria mão para não ser
flagrado pitando um cigarrinho. manda quem pode, obedece quem tem juízo.
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quarta-feira, janeiro 18, 2012
ouvindo ukelele
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now he is probably floating on heavens seas |
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terça-feira, janeiro 17, 2012
yes we got the bomb!
uma granada brasileira matou uma criança de apenas seis dias no distante bahrein. uai, estamos em guerra com o bahrein? desde quando? adquirimos a síndrome de john rambo e não sabiamos? era uma granada de gás lacrimogêneo? ah...tá! então a criança morreu de chorar?! mesmo assim, fomos nós. e o que fomos fazer tão distante de brasilha?
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sábado, janeiro 07, 2012
resoluções de ano novo
como em todos os anos, no dia 31 de dezembro do ano passado debrucei-me sobre uma agenda lotada de anotações de compromissos (99,99 por cento deles não cumpridos), e tasquei-me a escrever as minhas resoluções para o ano entrante. firme como uma rocha, detalhei as decisões destinadas a mudar o curso da minha vida durante o ano que me serve como marco regulatório dos tempos que me sobram sobre as pedras deste planetazinha mesquinho.
diverti-me horrores ao me imaginar - pelo menos no arquétipo desenhado nas folhas - um sujeito correto, de conduta absolutamente ilibada, não fumante, não alcoólico, não isto, não aquilo, isto sim, aquilo não. também sofri horrores ao descobrir que jamais o seria. em momento algum desta sobrevida que me deram neste pais que tem arremedo de tudo. nada é definitivo. tudo é transitório nestas vastas e verdejantes (em alguns pontos) paragens do lado de baixo do equador.
até a justiça emanada das cortes olímpicas lá de brasilha é transitória. que o diga jader barbalho. quando não, faz jus à imagem que a personifica aos nossos olhos. uma senhora cega com uma balança e uma espada enferrujada vestindo um baby doll ou camisolão em pose de sei-lá-o-quê. aquela cegueira... aquela cegueira é que faz a festa de sarney, por exemplo. em outras terras, outras épocas, o bigodudo e toda sua prole - inclusive os agregados - já estariam devidamente hospedados n'alguma masmorra (não quero chegar aos extremos de desejar-lhes cabezas cortadas). mas não. aqui eles penam em ilhas paradisíacas, tem império de comunicação, ocupam os céus em helicópteros públicos e eternizam-se em fundações dedicadas a... eternizá-los no culto hedonístico da própria imagem.
assim, minhas resoluções de ano novo morreram no nascedouro ou antes de alcançarem-no. natimortas não podem jamais serem acusadas de não terem funcionado. abandonadas antes de serem algo, não foram sequer cogitações. apenas uma vingou e deve servir de farol, baliza, lanterna de afogados ou qualquer coisa que o valha para mim ao longo deste ano: não elucubrarei resoluções mais nunca em nenhum ano novo vindouro. apenas tentarei sobreviver a ele.
ou, simplesmente, virar fumaça!
diverti-me horrores ao me imaginar - pelo menos no arquétipo desenhado nas folhas - um sujeito correto, de conduta absolutamente ilibada, não fumante, não alcoólico, não isto, não aquilo, isto sim, aquilo não. também sofri horrores ao descobrir que jamais o seria. em momento algum desta sobrevida que me deram neste pais que tem arremedo de tudo. nada é definitivo. tudo é transitório nestas vastas e verdejantes (em alguns pontos) paragens do lado de baixo do equador.
até a justiça emanada das cortes olímpicas lá de brasilha é transitória. que o diga jader barbalho. quando não, faz jus à imagem que a personifica aos nossos olhos. uma senhora cega com uma balança e uma espada enferrujada vestindo um baby doll ou camisolão em pose de sei-lá-o-quê. aquela cegueira... aquela cegueira é que faz a festa de sarney, por exemplo. em outras terras, outras épocas, o bigodudo e toda sua prole - inclusive os agregados - já estariam devidamente hospedados n'alguma masmorra (não quero chegar aos extremos de desejar-lhes cabezas cortadas). mas não. aqui eles penam em ilhas paradisíacas, tem império de comunicação, ocupam os céus em helicópteros públicos e eternizam-se em fundações dedicadas a... eternizá-los no culto hedonístico da própria imagem.
assim, minhas resoluções de ano novo morreram no nascedouro ou antes de alcançarem-no. natimortas não podem jamais serem acusadas de não terem funcionado. abandonadas antes de serem algo, não foram sequer cogitações. apenas uma vingou e deve servir de farol, baliza, lanterna de afogados ou qualquer coisa que o valha para mim ao longo deste ano: não elucubrarei resoluções mais nunca em nenhum ano novo vindouro. apenas tentarei sobreviver a ele.
ou, simplesmente, virar fumaça!
domingo, janeiro 01, 2012
feliz ano velho!
sabe aquela visita tão indesejada
que sempre chega intempestivamente à sua casa sem o menor aviso? aquela, que
quando chega lhe dá ganas de se armar com todos os calibres possíveis e
imagináveis de engenhocas de destruição em massa e detonar todas elas de uma
vez na cara do (a) desinfeliz? pois, após um final aterrorizante protagonizado
por 2011, 2012 chega – sem que eu o tenha chamado – à minha porta, entra sem
ser convidado ao meu tugúrio e me deixa igualzinho a você em relação a visitas
indesejadas: com uma vontade sem par de pegar todas as vassouras disponíveis e
postá-las atrás de todas as portas existentes na casa. dizem os sábios que
vassouras atrás de portas são um dos expulsa-indesejáveis mais eficazes de todo o arsenal
de simpatias estocados na sabedoria popular.
vá logo, 2012! e vá de vez para
que não tenhamos que passar por tudo que 2011 se esmerou em nos prodigalizar.
não tenho, e que fique definitivamente claro, simpatia alguma pelo “novo”.
salvo algumas poucas exceções como o mais novo modelo de jato executivo para
três pessoas (infelizmente, tenho que aceitar a inevitável presença de piloto e
co-piloto já que não sei dirigir aviões); uma ilha tropical em pleno mar do
caribe com um sofisticadérrimo sistema anti-ciclone, anti-tsunami,
anti-terremoto, anti-brazil e brazileiros daqueles que habitam brazilha de
segunda a quinta e, sobretudo, com detector de penetras como a coitada
daquela capivara que achou que o prédio do stf seria um local livre das pestes
que assolam o país com origem (cientificamente comprovada) em brazilha. na sua
ignorância capivariana, a inocente parente dos ratos deve ter achado que
estaria em família.
claro que, nessa exceção posso
incluir também um castelo como aquele daquele menino lá das minas gerais; uma
empresa de consultoria turbinada como a do doutor palocci e alguns outros
“consultores” (e nisso vale até mesmo o ex-barbudo ignatius da silva que
idolatra tanto o venezuelano de botas que até somatizou e se deixou acometer
por uma neoplasia – com que finalidade eu não sei. me escapa esse tipo de
profundidade em idolatria). poderia também incluir uma maseratti tipo uma
daquelas que o berlusconi usava como isca para rabos de saia que borboleteiam
os bivaques do poder. e algumas outras novidades por aí afora. afinal, não
posso radicalizar, pois, como diria uma antigo rapaz latino-americano sem
dinheiro no bolso, sem parentes importantes e vindo do interior, “o novo sempre
vem”.
mas o novo, da forma como foi
engendrado pelo velho, sinceramente, eu não quero. como se diz na mesa do
dominó de arembepe, “passo”. e não estou blefando como em jogo de poker. passo
mesmo! a última e talvez melhor amostra do que vem por aí, nesse tal de novo
ano, foi aquela do filho de jader barbalho na posse – garantida pelos homens de
toga e pelos bobos que votam – de um mandato que a lei da ficha limpa, se não
fosse mais uma das lendas brazileiras, teria impedido.
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