na rua, na chuva ou na fazenda

sexta-feira, junho 10, 2011

só dói quando eu rio

vixe maria! nem bem deixaram esfriar o cadáver político de palocci ou acabarem os ecos dos aplausos de benvenutta (para lembrar battisti) à recém entronizada ministra de todos os ministérios gleizi hoffmann e a turma do "eu quero ver o circo pegar fogo" já entrou em ação. insatisfeitos com a própria insatisfação e com a fome de cargos mal-saciada, aliados e nem tanto assim do palácio do planalto já sacodem brasilha e seus arredores e as tintas da imprensa continuam sombrias. senão vejamos: já espoucaram em todos os cantos foguetes avisando que a moça que acaba de se tornar toda poderosa no governo pós luliano (embora não tenha deixado de sê-lo) a exemplo do médico sanitarista também teve empresa de assessoria (consultoria empresarial) junto com a irmã (só não dizem se chegou a virar moeda de troca. esperemos que não). Pelo menos, ao contrário do médico simpático e de língua meio 'plesa', ela revelou os clientes atendidos. O melhor de tudo é que a sua assunção cria o primeiro casal ministerial do país (seu marido, paulo bernardo, é ministro das comunicações). Ela não agrada a certos setores do pmdb (o que é bom) e desagrada a outros do pt (o que é melhor ainda).

ainda palocci, ninguém ainda está totalmente satisfeito: demissão não foi o bastante e a oposição quer, por divina força que o empresário palocci ressuscite o alter ego político para explicar as manobras que não foram de nenhum poltergeist ou de leprenchaum mas o deixaram mais rico (milionário, é o correto). a situação não quer isto nem que a vaca tussa e prefere os restos políticos sepultados tão fundo que se aproximem da china ou do japão (de preferência que sejam simplesmente vaporizados ao passarem perto do núcleo incandescente do planeta). Seria conveniente para alguém em algum lugar. Nem mesmo o semblante fechado da presidente convenceu a tchurma de que palocci são águas (ainda que mais sujas que as do tietê) passadas.

vige, vó! a mais alta corte do país acaba de confirmar uma fama bem brasileira e que vem desde tempos d'antanho: a de que sabe receber bem. essa hospitalidade brasileira é conhecida até nesses novos planetas descobertos recentemente pela bisbilhotice dos americanos do norte. tchézare batíste, aquele italiano com cara daquele personagem arquiinimigo herói do desenho animado rrí-men, ganhou a liberdade e não vai ser mandado de volta pro seu país onde, de inocente, puro e besta não tem nada. na terra de berlusconi, battisti foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios e algumas lesões graves quando brincava de terrorismo. expulso da frança de outros lugares não tão hospitaleiros assim (pelo menos com gente desse calibre), battisti ganhou, por aqui, status de refugiado político, apesar de suas conhecidas atividades criminosas (vamos pegar mais leve... aqui a turma também apronta... é só abrir os jornais). e agora, já não respira o ar da papuda, nem vê o sol quadrado e foi rápido no gatilho (característica que o tornou famoso na itália): já pediu visto de permanente no passaporte e vai se dedicar à literatura. valei-me santo ronald biggs!

peço licença, faço reverência e suplico que a autora do vídeo sobre o carnaval que (vocês não podem deixar de ver) estou postando aqui agora não se aborreça por não ter lhe pedido permissão. quanta coragem, dessa moça! e que texto meu santo! que a inveja não me mate! a moça dá um banho de realidade e franqueza. com sua devida vênia, madame, eu não resistí e espero em deus que não processe este pobre escriba que, por não ter com que pagar sequer as custas do selo do processo, sairia da falência direto pra tumba (eu hoje estou mesmo mórbido, cruzes!)

Um comentário:

  1. Esse Brazilzilzil poderia também ser chamado de "A Terra do Nunca", afinal, nunca antes na história deste país... O que vale mesmo é que de um modo ou outro, ainda temos espaços democráticos para criticar quase sempre e elogiar quase nunca.

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