o novo (novo, não recente) imbroglio do ministro-chefe da casa civil do governo, o médico sanitarista antonio palocci não é tão novo assim e remete a raízes ancestrais fincadas nos primórdios da era luliana (os paleontólogos políticos ainda não conseguiram precisar a data devido à nossa facilidade em esquecer fatos importantes como recentemente demonstrado pelo senador josé sarney, para quem o impeachment de collor não foi um fato histórico e, portanto, não teve importância) quando um tal partido dos trabalhadores (hoje, se já os teve não os tem mais entre seus quadros) assumiu o poder em brasilha. por marco da era luliana, tome-se um certo caseiro de nome bem nordestino, francenildo. inesquecível, mas como todo marco histórico (segundo sarney) dispensável. àquela época, o ex-prefeito de uma cidade do interior paulista, guindado à condição de homem-forte dos corredores palacianos (aquilo lá é mesmo um palácio?) entrou no seu primeiro escândalo e lá, como agora, silenciou o mais que pode. como agora, agarrou-se de unhas dentes e aliados à uma hipotética tábua de salvação.
a bem da verdade, o médico sanitarista, hoje transmutado em estrela dos noticiários, apenas se tornou, nos dias de hoje, o ícone de uma profissão antiquíssima (êpa! favor não misturar com a outra!) com nome mais marqueteável para os dias de hoje: lobbista. em termos mais leigos para obtusos como eu, traficante. com todas as letras. traficante. só que de influências. por ter trânsito livre entre autoridades e outros poderosos quais e tais, esse tipo de traficante hoje chamado lobbista, tem influência. influência até para não admitir que influencia ou que trafica a dita cuja. o lobbista moderno não se contenta com trinta moedas. prefere trinta milhões delas. mas, verdade seja novamente dita: está certo o médico sanitarista do interior de são paulo e que, como quase todos os seus companheiros, puxa um pouquinho da língua plesa: ele não está sozinho. acompanham-no na traficância (de influência e poder, é claro) zé dirceu, zé genoíno, delúbio soares e outros tantos tantos que nem sobra espaço pra nomear. pobre dilma! que belas companhias!
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