é cedo e estou a caminho do trabalho. no horizonte de amaralina na bela e triste salvador da bahia, um veleiro tristonho ignora (eu imagino assim) o que se passa no coração da terra brasilis onde fica o mar no qual navega.
passei a noite em transe (ave, glauber!) circunspectando como estaria se sentindo a presidente dilma rousseff envolta na tristeza a que lhe remeteu a defenestração do amigo ministro luliano antonio palocci. deve ser uma dor muito profunda esta que faz a ex-ministra e atual dona do cargo de presidente, fechar o semblante e economizar mais do que nunca, as mineiras palavras. aceitar a demissão do amigo indicado para o cargo que já foi dela, deve ter sido muito, muito difícil. mais difícil ainda no saber da pressão exercida até por quem, de ofício e trato, deveria nunca pressionar nesse sentido. aliados. ah, os aliados! quem dera ela não os tivesse nesses "diaes irae". só consola o fato de que o indicador deu-se por satisfeito (afinal, ele ainda manda!)
outro consolo partiu das plataformas petrolíferas onde se aboleta josé sérgio gabrielli. também inconsolado com tamanha ingratidão petista, peeemedebista, pessedista e outros istas sem contar uns tais de "cratas" como democratas, burocratas e sem lembrar da população, gabrielli, como dilma, considera que o ilustre médico sanitarista que soube enriquecer rapidamente como poucos ao se tornar importante moeda de troca nos corredores bem aquinhoados de brasilha, não merecia tanto. e já partiu em defesa da sua permanência no conselho da estatal do petróleo brasileiro em reconhecimento à sua capacidade. certo, zé sérgio (como era conhecido em salvador). certíssimo. palocci é capaz. muito capaz. nós é que não o somos!
no horizonte de amaralina, na bela e triste salvador, o veleiro indiferente continua sua viagem em ventos muito mais calmos do que os que sopram os cabelos de dona dilma.
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