na rua, na chuva ou na fazenda

terça-feira, julho 17, 2007

marta está certa, renan: relaxe e goze!

(mas não vá ao japão. lá podem te obrigar a um haraquiri sem graça nenhuma)
depois de uma longa e tenebrosa pausa nas postagens deste blog infame que eu me vanglorio de escrever(!?), aliás, diga-se que a pausa foi “longa” para mim, mas um alívio para quem se aventura por estas bem traçadas – pelo computador – linhas, aqui estou!
justifico a ausência, se é que alguém lá quer saber de justificativas: é que escândalos lá em brasilha (uma ilha sulamericana cercada de corruptos e corruptores de todos os tamanhos e cacifes e com um paranoá – o que será isto? – no meio) não valem mais como assunto, de tão banais que se tornaram. mensalões, semanões etc, etc, etc e etc não comovem os brasileiros às lágrimas. não mexem mais com os brios dos filhos teus ó mãe gentilpátriamadabrasil! já são algo assim como o feijãozinhocomtorresmo diário.
vamos então, ao motivo da bendita postagem: descobri que muriçocas (pernilongos, se assim os preferirem) são seres impermeáveis e resistem a bombardeios de gotas d’água mesmo aqueles desferidos com a violência da mão que se banha. e a descoberta foi bem assim ao estilo das grandes descobertas: por puro acaso! manhãzinha, adentrei ao cubículo que chamo de banheiro – no sentido de limpeza, banho mesmo – que, aqui pelas bandas de arembepe foi tomado de assalto por esses invasores alados, quase microscópicos, barulhentos ao extremo e com uma sede vampiresca de sangue e fui atacado pela força aérea deles com uma sanha infernal. rápido como um raio, abri a torneira ao máximo já com um sorriso diabólico na cara: vão se afogar! porra nenhuma! as bichinhas são agilíssimas e esquivavam-se com uma habilidade de top guns lá do norte. mudei a estratégia e, a cada bólido voador que se aproximava do meu corpo magrelo, armava-me com a mão cheia de água e despejava-a com vontade no (na) atacante. resultado: apesar da defesa e dos contra ataques ferozes, saí todo pinicado. Chuparam meu sangue, as miserentas (viva o vocabulário lulesco!).
aí, de novo por acaso, tracei uma analogia entre a impermeabilidade das muriçocas assassinas à de renan calheiros, um pernilongo graúdo lá de brasilha – uma ilha perdida e assediada por piratas nem de longe caribenhos – que resiste com uma impavidez colossal ao bombardeio cerrado que vem recebendo (“sofrendo” seria mais apropriado?) nos últimos tempos depois que se descobriu que ele é capaz de produzir o milagre das vacas, como jc produziu o milagre dos peixes. é que, como os pernilongos (vá lá, muriçocas!) daqui, ele também é impermeável. neste caso, à moral, à decência, à honradez, à vergonha, ao caráter e a outros atributos que fazem, mesmo do menor homem do mundo, um grande homem. como acontece com alguns super heróis de hq – que a gente antigamente chamava de gibis – ele adquiriu (por osmose, simbiose ou o por que meio?) todas as características da muriçoca (opa! muriçoca ou pernilongo?) e delas todas, aperfeiçoou a que mais nos deixa putos da vida, pensando em assassinato em massa e coisas piores como aniquilação da vida tal qual a conhecemos: a capacidade de sugar sangue tranquilamente, sem pruridos de consciência ou respeito por quem dorme o sono dos justos. no caso de calheiros, o sangue sai pelas veias abertas do senado direto para o estômago do pernilongo para alimentar a sua desfaçatez e envergonhar, cada vez mais profundamente, dois edifícios de brasilha – uma ilha cada vez mais isolada do mundo real – que deveriam servir de estrela-guia para os peregrinos deste deserto aqui de fora onde existem, e como existem! honestidade, respeito, vergonha e outros atributos que talvez renan nunca tenha ouvido falar.
mas como vivemos numa aldeia onde o chefe tem irmãos como vavá, ministra que garante que já que o estupro é certo devemos relaxar e gozar e o mesmo chefe que pede que se retire do ar a propaganda de um automóvel parafraseando a dita cuja doutora considerando que a tal peça publicitária melindra a parafreaseada sexóloga... renan está certo: relaxem e gozem. o pior pode ainda estar por vir.

Um comentário:

  1. pena que TODOS os holofotes do país estão direcionados para uma única tragédia (TAM)... e o caso Renan? Pizza para ele!

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