em nome de alguns minutos ou segundos de fama, de acordo com andy warhol, meimundegente faz qualquer negócio. aquela coisa pendendo pro panis et circensis. pra parecer engajado, politizado e sintonizado com “as minorias (massas) oprimidas”, tem gente que supera qualquer obstáculo. hoje me deparei com uma frase que... sinceramente, me deixou sem fôlego. me lembrou, às avessas, a ministra matilde que também conseguiu me embasbacar!
um certo senhor demóstenes torres, por acaso senador da republica brasilis, abriu uma discussão que deveria ser tão antiga quanto o senado onde pontua sobre a questão da maioridade penal. discussão aberta, vamos ouvir as partes, vamos curtir a chiadeira geral, os prós, os contra, os muito pelo contrário, ou os caetanados “ou não”. é uma discussão. então, ouçamos as opiniões e vejamos até onde é válido, ou não (valei-me são veloso de dona canô! a doença pega!). mas as pessoas estão levando a coisa prum lado que nem sei se existe.
voltemos à frase que deu o mote pra minha própria chiadeira. está no vetusto e prestigiado periódico mais vendido na bahia com agá, uma matéria com frases impressionantes sobre o projeto do democrata torres, opiniões assim... digamos, de matar meu louro. claro que todas elas fundamentadas na mais pura boa vontade e no mais profundo desejo de defender as minorias oprimidas pelo preconceito e pelas elites brasileiras. militante de primeira hora do movimento negro unificado – mnu – que preconiza o racismo ao racismo, o preconceito contra o preconceito e por isso se torna racista e preconceituoso, o rasta hamilton borges “walê” (de onde será que ele tirou isto?) conclamando a todos (os negros, of course) a participar, no dia 17 de maio, do ato político religioso pela vida e contra a redução racista da maioridade penal, bradou, na página nove do periódico: “isto é mais um golpe contra a população negra!” meu jesuscristinho da silva dos santos xavier! quanta energia nesta frase. que vigoroso defensor dos frascos e dos comprimidos (ooops!) dos fracos e dos oprimidos! ora, meu caro e bem articulado walê (como é que se pronuncia isto?), em tudo que é país civilizado (muito embora estejamos ainda engatinhando no processo civilizatório) a decisão favorável ou não (valei-me são gilbertoministrogil! o negócio pega mesmo!) à redução da maioridade penal não passa pela discussão da cor da pele ou da opressão a quem quer que seja. melhor pensar como outro militante do mênêú que disparou uma idéia mais sensata uma crítica mais ácida e justamente por isso mais profunda apesar de ser algo que salta aos olhos: o estado deveria investir na criação de medidas que garantissem os bens básicos à população. “o governo brasileiro deveria investir para dar mais oportunidades aos jovens” disse, pensando como ser pensante, michel chagas do instituto cultura steve biko. valeu, michel.
aqui pra nós, walê, meninos brancos matam, roubam, estupram e continuam meninos embora criminosos. meninos morenos fazem a mesma coisa e são criminosos; meninos negros, idem; indiozinhos, ibidem. o grande lance, walê, é que todos, todos são pobres, independente da cor da pele ou da etnia (pois existem negros de raça mas não de pele); mais um grande lance, walê, foi sacado por um garoto de dezoito anos, neianderson oliveira, que é a favor da redução da tal maioridade, é o que o governo tem de fazer: a ação, que eu também considero positiva, “tem que vir acompanhada de medidas sócio-educativas para reabilitar os jovens e tirá-los da criminalidade”. a propósito , meu caro, walê, neiaderson, como eu, é negro e vive nas chamadas zonas de baixa renda de salvador. e não procurou holofotes! sugestão: por que você não pede matilde em casamento? suas idéias se casam bem!
Na minha opinião, o menor infrator deve ser responsabilizado pelo que faz, e desde cedo. Em países desenvolvidos, os menores respondem por seus atos e são punidos severamente. Acho que não deve haver limite de idade para se responder criminalmente, pois existem menores/adolescentes extremamente piores que pessoas adultas. Sejamos realista! O mal deve ser cortado pela raiz. Quanto à opinião da criatura do MNU, desacredito incondicionalmente que a medida seria uma incisão à população negra. Não, de forma alguma. É inaceitável julgar que a côr da pele influi na índole de qualquer indivíduo. Agora, que o Estado desperta – indiretamente – influências negativas nos jovens sem oportunidades, desperta.
ResponderExcluirMuitas pessoas acham que o menor deva ser penalizado pelos seus atos, mas poucas vezes paramos para pensar quem vamos penaliza quando se trata de ausencia de políticas publicas para juventude, políticas públicas para educação acompanhada de parametros curriculares comunitários, Quem??? Fico muito triste, quando estudiosos querem penalizar os jovens sem pensar que retaguarda daremos para o não cometimento do crime.... samuelmnujb@gmail.com.br
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