lembra do célebre cavalo de dom quixote, aquele chamado de rocinante? pois bem, um dos seus descendentes - pelo menos no que se refere ao gênero - acaba de se tornar o pivô de uma guerra política neste estado de espírito chamado bahia. como? quando? porque? bem, vamos começar do começo porque é sempre bom começar a se contar histórias desse jeito.
há, com uma certa tradição, uma feira agropecuária no parque de exposições de salvador, capital da bahia. o parque, como tal, não existe. é apenas um descampado enorme com alguns galpões cobiçado por especuladores imobiliários, construtores e dirigentes dos movimentos sociais vários que brotam em nosso país como flores de maio em abril. além de se prestar para shows de axé-evangélico-meigospel-music onde todos se rebolam louvando, ora a bunda ora a jah, javé e outras divindades menos, digamos assim, populares.
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"forró do cardeal" o mártir da fenagro, valia 200 mil |
acusando o pontapé na linha do gogó, o governo escalou seu mais traquejado atacante e revidou com um decreto (segundo alguns, ditatorial) desembargando o embargo e mandando o evento continuar como se nada houvesse ocorrido. aí entraram em campo outros contendores: dois deputados, ambos ex-qualquer coisa e absolutamente antagonistas, um, federal, defendendo o uso dos animais como há séculos o homem faz e o outro, estadual, totalmente contrário e considerando que um animal também é gente, dentro da filosofia magriniana - ramo pseudo filosófico ambiental criado pelo ex-ministro antonio rogério magri - quer proibir até os vaqueiros de montarem seus cavalos e corram atrás do gado num ato de extrema crueldade para com esses pobres e inocentes seres.

e nesse teatro de pecuaristas, adentra o gramado ou relvado, mais uma vez, o tal apresentador. desta feita como um mediador: "foi um cavalo, sim senhor, senhor secretário (estava lá também o secretário de segurança que entrou de gaiato na contenda) mas, não existe o valor de amor sentimental?" disparou. meu deus, me acuda.

enquanto isso, no olimpo lá do planalto central, atenas e zeus jogam seus dados para ver quem vai entrar na barca de caronte e embarcar para o hades. façam suas apostas porque, ao cabo e ao final, seremos todos perdedores.
Muito bom, vc é muito talentoso Carroberto!
ResponderExcluirNesse meio de campo, sugiro um novo texto que aborde a problemática das férias, licenças e afins dos servidores públicos estaduais. Afinal, nessa disputa de quem é mais macho...
A morte do "pé de pano" é tão grave quanto a briga em Brasília. Parece que as energias estão mal distribuídas na Bahia, e também no Brasil. Depois de desviar milhões para contas na Suíça em nome de todos os familiares (que Deus o perdoe); depois do "rombo" nos cofres da Petrobras, vai sobreviver quem tiver mais força e uma mentira mais convincente, aliado aos meios de comunicação, para convencer, não o povo, mas entre eles mesmo.
ResponderExcluirA morte do "pé de pano" é tão grave quanto a briga em Brasília. Parece que as energias estão mal distribuídas na Bahia, e também no Brasil. Depois de desviar milhões para contas na Suíça em nome de todos os familiares (que Deus o perdoe); depois do "rombo" nos cofres da Petrobras, vai sobreviver quem tiver mais força e uma mentira mais convincente, aliado aos meios de comunicação, para convencer, não o povo, mas entre eles mesmo.
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