na rua, na chuva ou na fazenda

segunda-feira, abril 14, 2014

o hábito faz o monge...?

causou-me espécie ver, nesta segunda-feira - fatídica para torcedores rubro-negros baianos e atleticanos das minas que se viram a perder títulos sem perder jogos - em um vídeo postado nos principais 'sites' de notícias as imagens de um desvio de comportamento de um cidadão tido e considerado como acima de qualquer suspeita.

não sei se por estar ainda sob o efeito anestésico avassalador dos dois empates dos meus times preferidos ou se, por estar tão afeito a esses 'deslizes comportamentais' dessa gente tão pública, não dei tanta importância assim. considerei ou cheguei a considerar que essas imagens teriam mesmo um quê de desrespeitosas, criminosas até, por terem sido captadas sub-repticiamente através das lentes de um indesejável telefone celular - a praga do século.

acreditando-me ainda estar penalizado do tal sujeito, dispus-me a rever ad nauseam, as tais imagens. credo em cruz! passou o pifão, a ressaca, a rebordosa da derrota empatosa e me lasquei na risada. mas não uma risada qualquer, foi uma risada larga, folgada, daquelas que só se dá com a desgraceira dos outros.
então, realmente, a ocasião faz o ladrão!!! nunca vi adágio mais certeiro!




mas de repente, me veio aquela coisa, aquela dúvida e descobri a falta de relevância de tais imagens que geraram tal fato: se, em 2012, josé maria marin, ex-vereador, ex-governador, presidente da cêbêefe poderoso até não mais poder, embolsou uma medalhinha que deveria ter sido entregue a um dos meninos do corinthians, campeão da copinha paulista de futebol junior (depois, ele obrigou a éfepêéfe a dizer que foi uma cortesia dada a ele, mas ninguém comeu o reggae), por quê que aqui, na terrinha, um diretor da éfebêéfe, não poderia imitar o seu correlato mais poderoso? quanto provincianismo!!! tudo bem que lá, o cara foi filmado pelas grandes redes de tevê e aqui, o desinfeliz foi filmado pelas lentezinhas de um celular mequetrefe ou quem sabe, xingling, mas e daí?!

lá, o tal do zé maria marin, se safou e ainte cobrou desculpas. aqui, o pobre do jorge lima foi peremptoriamente limado sob a desculpa de que seu gesto "pegou mal" para a instituição. nesse ponto, o povo mais acima de jorge tem uma certa razão: se ele fez isso com uma coisa simples como uma medalha que era destinada ao pescoço de um triunfante jogador do bahia e acabou no seu bolso, o que será que ele tem feito com os cofres da éfebêéfe esse tempo todo em que esteve diretor financeiro?


talvez nada mas, como diz o adágio - certeiro como uma flecha: o hábito faz o monge.

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