
a frase afirmativa e majestática nasceu como arma a ser usada
contra os defensores do isolamento social e aqueles que criticam a paixão de
bolsonaro e uma parte do seu grupo ministerial pelo medicamento
hidroxicloroquina ou, com mais intimidade, “cloroquina” como remédio eficaz
contra a sars-cov-19 ou também intimamente, coronavírus.
em meio aos impropérios dirigidos à rede globo de televisão –
eleita por dez entre dez bolsonaristas como responsável pela explosão da
pandemia no brasil – e ao médico dráuzio varela que acaba de ser nomeado
‘médico da globo’ esse meu vizinho, ao repetir a frase de bolsonaro me fez lembrar de fernando collor de
mello que se apossou de uma frase secular da filosofia grega ao vaticinar: “o
tempo é o senhor da razão.” isto, nos estertores do seu malfadado mandato.
o messias bolsonaro tem, em sua personalidade, algumas
características que fariam a alegria de qualquer psiquiatra ou analista da natureza
humana se ele se permitisse a tal estudo. o culto à personalidade de homens que
tendem a pruridos ditatoriais como donald j. trump, presidente norte americano e
seu ídolo maior depois de edir macedo, olavo de carvalho e carlos bolsonaro,
seu filho (e aqui, invertem-se os papéis com o filho se tornando referência
para o pai); a mudança repentina de humor e de opinião e a aversão absurda que
tem a ser contrariado. "bolsonaro odeia sombra" dizem os chegados ao seu cercadinho.
evangélico, o presidente queria que serviços religiosos como
cultos e outras práticas se tornassem parte dos serviços essenciais da nação
como saúde, educação, segurança e etc. não conseguiu e esperneou horrores. é
quase a mesma coisa de quando quis nomear outro dos seus filhos – aquele que
passou um tempo nos istêites
aperfeiçoando o ingrêis ao fritar
hambúrgueres como embaixador brasileiro junto à maior potência mundial.

entre os que se aliaram, desde o início, ao presidente na
cruzada contra o isolamento proposto pela organização mundial da saúde e outros
organismos para combater a covid-19 estão prioritariamente pastores, “bispos” e
“apóstolos” pentecostais como r.r. soares, valdemiro santiago e o próprio edir
macedo, dentre outros menos midiáticos. a razão? suas igrejas perdem uma receita brutal com o confinamento.
quer razão mais lógica? o fiel bolsonaro, de imediato, baixou um decreto
liberando os cultos. perdeu para a justiça que determinou o contrário.
ao pregar a quebra do isolamento e sair por aí, o presidente
finalmente conseguiu uma vitória. como nas eleições em que se consagrou como
aquele que derrubou o poste de luizignatiusluladasilva, bolsonaro mostra que a
imbecilidade, a ignorância e a irresponsabilidade (inclusive para com os
outros) é contagiosa e contamina rápido. apenas 48 ou 49 por cento das cidades
brasileiras estão respeitando as regras.
muitos ainda morrerão. mas a falta de senso, não. carpe diem!
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