na rua, na chuva ou na fazenda

terça-feira, outubro 17, 2017

lavando as mãos ou um outro jeito de tirar o braço da seringa

eu ando careca de saber que em brasilha - e fora de lá - ultimamente, tudo pode acontecer. e acontece. tão careca de saber disso, deixei de escrevinhar sobre o assunto porque já virou papo de preá com melancia e todo mundo fala sempre a mesma coisa. são os batista, é o battisti, são os vieira (não as vieiras portuguesas que são deliciosas!), enfim... aí você deve estar se perguntando: "então por que cargas dágua resolveu escrever agora, mané?" bem, a explicação é simples e beira o nonsense.

nessa coisa do aécio das neves empedradas que despeja nos copos de whisky nos bares do rídejanêro, há uma queda de braço entre o éssetêéfe e o senado. segundo as más línguas, um quer meter a colher na sopa do outro e, no meio dessa profundíssima discussão, desse profícuo debate, estão os colegas do tadin' do aécin'. todos torcendo por uma "solução pacífica". há quem queira que o sobrinho do finado tancredo saia. há também quem não queira e, há ainda aqueles que não o querem nem tão perto nem tão longe. apenas não o querem. mas não dizem isto às claras nem que a vaca tussa.

nesta fase, em que os poderes que andavam se bicando fizeram as pazes, os senadores viram-se então atormentados por outro dilema: como fazer a tal solução pacífica?  e descobriram um jeitinho que já se utilizaram outras vezes e propuseram então a votação secreta. vozes se alteraram, o "clamor popular" (que não aconteceu mas se advinhava que viria) calou fundo nas consciências e um juiz-ministro jogou a pá de cal: "vai ser tudo às claras!" detonou o magistrado novamente metendo o bedelho nas soluções alheias. aí danou-se!

com a decisão do cidadão togado, o senado fez-se correria (nada a ver com o governador baiano rui costa) e o resultado é que está uma debandada geral com as desculpas mais esfarrapadas possíveis para tirar o braço da reta. tem senador em missão no exterior, tem senador visitando a avózinha que está em vésperas de ir pro goiás... tem desculpa pra todo gosto. agora, aqui pra nós, a desculpa mais deliciosa - e é a razão deste 'post' - é a de ronaldo caiado, ruralista de quatro costados, ele próprio que do mesmo jeito que seu colega quase condenado a ter o mandato guilhotinado, também tem os olhos vigilantes daquela moça vendada sobre si. caiado disse estar impossibilitado de comparecer à sessão velório ou de extrema-unção por um motivo muito simples: caiu da mula.

não apresentou atestado médico. a mula ainda vai ser ouvida pela pgr e já negocia uma delação. até lá....

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