durante todo esse imbróglio - que ainda não acabou - lá nas pradarias de brasilha, eu fiquei aqui, no meu cantinho, mudo. até porque o mar não está pra peixe nem o céu pra urubu. vai ver que alguém resolve, nem que seja de brincadeira, apontar o dedo pra mim e vocês bem o sabem que, nesses tempos de lavagens a jato, até que você prove que jacaré não voa, o bicho pega e pega feio. mas voltemos ao que interessa já que, medo desses negócios eu não carrego ou, se carrego, nunca senti o peso.
recomecemos: durante todo esse imbróglio lá nas pradarias de brasilha, eu fiquei no meu cantinho completamente mudo, com olhos esbugalhados e ouvidos estuprados, vilipendiados a não mais poder diante de tudo que via e ouvia (continuo vendo e ouvindo). o brasil é estarrecedor. desde os primeiros tempos de brasil. emparedado por denúncias sobre denúncias e embasbacado diante do cinismo vigente de quem, por definição, deveria ser liso (no sentido de honestidade) me sentia assim meio que o cocô do cavalo do bandido que roubou seu próprio parceiro. e olhe que o cavalo nem merecia estar no meio dessa bandalheira!
bem, diante do exposto, vamos ao que interessa e que é o motivo desta postagem: duas frases, ditas por personagens diametralmente opostos até onde eu sei, me motivaram. a primeira, escrita por um jornalista, resume bem o pensamento de uma grande parcela de quem acompanha a movimentação brasiliana (menos o carlos marun et caterva): "cunha é hoje um cadáver político e um presidiário adiados". lapidar. a outra, dita por ninguém menos que eduardo cunha, aponta claramente o descalabro que é a forma como os brasileiros escolhem seus representantes e o que eles fazem as esconsas pelos corredores do congresso: "hoje sou eu. amanhã, serão vocês." e reafirmou: "hoje sou eu. é o efeito orloff. vocês, amanhã". também lapidar.
defendendo o indefensável, cunha disse que passa por um processo político. dona dilma disse e vive dizendo a mesma coisa. quem tem mais razão? disse ainda que existem 117 dos seus pares e 30 senadores que são alvo de investigações e, segundo ele, não escaparão. parafraseando um poeta baiano, só nos resta dizer: triste brasil! podre brasilha! por uma questão de justiça, devo dizer que, mesmo assim, ainda existem homens de bem que não carregam a pecha aplicada a cunha&cia. existem figuras que, apesar da proximidade do chiqueiro não chafurdam na lama. que continuem assim.
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