
aí, num intervalo, saiu a história dos mandados de prisão expedidos contra dirceu, delúbio, genoíno, jefferson et caterva (citados aqui em ordem alfabética, não em desimportância). chorei, deveras, chorei. copiosamente, chorei mais ainda pelo dirceu, forçado a abandonar o paradisíaco - para quem tem grana - sul da bahia e ter de voltar de jato executivo para sãpaulo afim de protagonizar as cenas impactantes e dramáticas que lhe caberiam nesse pastelão. chorei pelos outros também. até por uma questão de justiça, de equanimidade. todos, todos merecem minhas lágrimas.
nesse espetáculo sem luzes e cores, mas espetáculo assim mesmo, brilharam algumas pérolas da retórica imbatível engendrada pelo partido de luizignatiusprimoetuno. dirceu -sem marília e por isso mesmo, uma mágoa só, tascou uma "carta ao povo brasileiro" que...valha-me deus! uma peça primorosa! do quê, eu não sei. mas primorosa. genoíno foi um pouco mais econômico, mas não ficou pra trás e largou sua bolotinha também. textos diferentes mas absolutamente, essencialmente iguais. o partido, ah! o partido também largou lá o seu pedacinho. nunca, na história deste país, tão poucos foram tão injustiçados assim.



único a ficar de fora de toda a trama - até porque nunca viu, nunca ouviu, nunca soube de nada - o inocente puro e besta ignatius foi curto e grosso ao colocar a cereja do bolo numa chamada telefônica para os companheiros: "estamos juntos!" mentiu. como sempre. mas essa é uma mentira do bem, embora vá manchar, para sempre a sua imaculada biografia. se bem que...
bom, os demais não deram declarações tão marcantes, tão lacrimogêneas e portanto não entrarão neste 'post' a não ser tangencialmente, como é o caso de henrique pizzolato que, até por uma questão de genealogia, capou o gato e já está na itália dos seus antepassados, que ele não é besta. para o avatar de lula, que atende pelo inacreditável "presidenta", nada disso está acontecendo. como seu criador, a criatura prefere passar ao largo e nem toca no assunto embora todos lhe sejam muito próximos. tão próximos que podem ser ignorados. presidencialmente.
pois, então, cabe aqui a pergunta excruciante que pontua a crise existencial dos fanáticos por futebol: porque goleiro não pode ser chamado de craque?