na rua, na chuva ou na fazenda

quinta-feira, julho 03, 2008

couraça

a minha solidão é pesada
não tem a menor complacência
e dói em quem a percebe.

me envolvo nela como couraça fosse
como útero carinhoso
para não me sentir

na minha solidão
não amo menos nem mais
não me dou e nem recebo

e cercado assim pela minha muralha
nem tão chinesa assim
vivo somente aquilo que há pra viver

Um comentário:

  1. Completamente autobiográfico e muito "eu" biográfico. Se fosse você deixaria Lula e Dilma de lado e me ocuparia apenas da nobre arte de poetar.

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