ando mesmerizado com esse brasil varonil dos últimos tempos. até parece que a nação inteira está sofrendo de transtorno bipolar ou de esclerose múltipla ou de esquizofrenia aguda ou de imbecilidade crônica. qualquer das opções parece ser válida. assim, tem dias que o país é uma alegria só, uma gargalhada só. dia seguinte é uma tristeza de dar dó. dia seguinte ao dia seguinte, é de uma violência ímpar - mata-se diariamente no brasil uma batalha africana. na sequência desses dias, pacifica-se em meio à sua guerra pessoal e chora pitangas por jornalistas e jogadores de futebol. é um país justo e fraterno em meio a tanta injustiça e fratricídio generalizado.

a frase que dá título a esta postagem não é minha. é do ministro marco aurélio mello que afastou o renitente não afastado renan. e ele tem toda razão. os parlamentares, diante da lava-jato comandada por um tal sérgio moro, de quem eu nunca havia ouvido falar até começarem a ruir os pilares do congresso, inventaram de criar uma nova lei para se juntar às milhares - e quase inúteis - que já temos por aqui: um pacote anti-corrupção que previa julgamentos rápidos e penas duras para tal crime. aí, na calada da noite, sorrateiramente, mudaram a zorra toda e ainda pespegaram um tal de crime por abuso de autoridade a ser imputado a juízes, promotores e policiais ao investigar possíveis criminosos. desmoralizado o congresso, cambaleante o executivo, resta apenas enxovalhar, achincalhar, desmoralizar a justiça.
é... tempos estranhos os vivenciados nesta sofrida república!