apesar do manifesto ser meu e, acima de tudo, legítimo, estou errado em hasteá-lo como bandeira de luta individual neste país que começa a aprender a lidar com o coletivo. "nunca, na história desse* país" como diria um habilíssimo e conhecido manipulador de massas, soube-se tão bem diferenciar o individual do coletivo. porque então insisto nessa minha individualização? sei lá! vai ver que é pelo gostinho de ser e estar do contra.
mas vamos ao ainda não-manifestado manifesto: lí, dia desses, que o senhor zé genoíno anunciou aos quatro ventos do ar condicionado do seu gabinete deputadorial, em brasilha, que, confirmada a sua condenação pelo stf, requererá aposentadoria por invalidez. bom. está no direito dele de, aposentado, aposentar-se novamente. condenado, condenar-se a ter - e manter - um padrão de vida digno de um condenado da sua estirpe. mais: condenando-o à prisão seja ela em que regime for, tornaram-no definitivamente um inválido. ainda bem que no brasil existe um mecanismo de suporte ao presidiário que lhe garante (na verdade, à sua família) um saláriozinho acima do mínimo para sua subsistência, senão...
por isso mesmo, nada mais justo, um direito genuíno de genoíno, pedir a sua aposentadoria por invalidez provocada por uma cardiopatia e agravada por joaquim barbosa e cia. é aí que eu entro de sola como se diz no jargão pebolístico!
eu também sou portador de uma cardiopatia crônica, orgulhosamente carrego no peito umas molinhas que
ajudam a tubulação a segurar o tranco das minhas aflições e revoltas e trabalho, de sol a sol, com algumas passagens lunares há mais de 35 anos. no entanto, o inss que prefere ser chamado majestaticamente de "previdência social" nega-me tal direito por conta de uns breves períodos de desempregabilidade compulsória provocados por esse defeito meu de ter envelhecido à medida que os anos passaram sem me dar conta que velhice neste país, é pré requisito pra inutilidade reconhecida.

prometo que farei de genoíno meu santo protetor, padroeiro da minha aposentadoria e patrono dos meus manifestos. depois dele e abaixo de zé dirceu, só mesmo aquele santinho, o natan donadon!